A diretora-geral da Saúde apelou aos idosos elegíveis para a 3.ª dose da vacina contra a Covid-19 para que a tomem, sublinhando que, apesar do aumento de casos da última semana ser “moderado”, é necessário manter a vigilância. “Não podemos recuar na proteção que já conseguimos, porque estamos rodeados de vírus. A pandemia não acabou”, afirmou Graça Freitas.

Em entrevista, este domingo, ao Primeiro Jornal da SIC, a responsável da DGS destacou que “a gravidade da doença não é grande” neste momento, um resultado que considera dever-se à alta taxa de vacinados no país. Porém, Graça Freitas diz que para que o Natal decorra com normalidade é necessário manter a eficácia da imunização e incentiva os mais idosos a receberem a 3ª dose: “Façam-no, para chegar ao Natal mais protegidos do que estão”.

O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, deixou críticas este sábado à forma como está a decorrer o processo nesta terceira fase do plano de vacinação: “É um ritmo muito baixo, um problema grave, que começou a ocorrer depois da saída do coordenador da task force [Almirante Gouveia e Melo]”, considerou o bastonário, em declarações ao Correio da Manhã.

A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, afastou contudo receios e garantiu que “a 3.ª dose está a acompanhar o que prevíamos”. Admitindo, porém, que o número de cerca de 300 mil vacinados até agora “é pouco”, a responsável da DGS garantiu que estão a ser vacinadas 25 mil pessoas por dia e deixou uma promessa: “Vamos aumentar”.

Ainda sobre as críticas de Miguel Guimarães, que considerou que “a liderança do processo de vacinação está órfã” desde a saída do Almirante Gouveia e Melo, Graça Freitas desvalorizou esse fator. Perante a questão do jornalista sobre se “não falta o rosto a que os portugueses de habituaram no último ano”, Graça Freitas deixou uma resposta curta: “Vão ter de se habituar ao meu, se calhar”.

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