Todos os indicadores da pandemia de Covid-19 subiram nas últimas 24 horas, exceto as novas infeções, segundo os números avançados no boletim epidemiológico da Direção-Geral de Saúde (DGS) deste domingo. Assim, o país está a regressar a máximos de agosto e setembro. Com um registo de 15 mortes diárias, desde 26 de agosto que o país não assistia à morte de tantos doentes infetados com o SARS-CoV-2 (os mesmos 15) no mesmo dia.
As 1.483 novos casos de infeção descem em relação à véspera, mas, apesar disso, é o sexto dia consecutivo em que os novos casos estão acima de mil.
Os internamentos, quer em enfermarias, quer em cuidados intensivos aumentam. Havia 465 pessoas internadas devido à Covid-19 em Portugal, mais 41 em relação à véspera, segundo o boletim deste domingo. Destes doentes, 75 estão em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI), o que representa mais seis camas ocupadas do que na véspera.
Desde 20 de setembro que os internamentos não eram tão altos, altura em que chegaram às 471 camas ocupadas. Foi no mês anterior, de 28 para 29 de agosto, que, pela última vez, a subida em 24 horas tinha sido tão elevada quanto a deste domingo, com o mesmo aumento de 41 camas.
No sábado, havia 424 pacientes internados, 69 deles em cuidados intensivos.
Em contrapartida, e pelo segundo dia consecutivo, os indicadores da incidência e da transmissão ficam inalterados, embora isso não seja suficiente para tirar Portugal do vermelho, lugar da matriz de risco onde se encontra desde quarta-feira passada.
Assim, a incidência (o número de novos casos nos últimos 14 dias por 100 mil habitantes) continua a ser de 134,2 casos por 100 mil habitantes a nível nacional e de 133,3 casos no continente. O índice de transmissibilidade, o R(t), continua nos 1,15, tanto a nível nacional como no continente.
Já o indicador que dava mostras de menor crescimento, mostrou, no boletim deste domingo, uma nova realidade: De um dia para o outro, as mortes de doentes Covid praticamente duplicaram, subindo de 8 para 15 óbitos.
Olhando para o histórico da pandemia em Portugal, vimos que desde 26 de agosto que não morriam tantos doentes infetados com o SARS-CoV-2, altura em que também perderam a vida 15 pessoas.
Entre os 15 óbitos, dez homens e cinco mulheres, todas as vítimas mortais tinham mais de 60 anos. Em termos geográficos, a maioria das mortes registou-se na região Centro (7). No Norte morreram 4 pessoas e outras duas na região de Lisboa e Vale do Tejo, o mesmo número de óbitos registados Algarve. No Alentejo, na Madeira e nos Açores não houve mortes a lamentar.
Foi na região de Lisboa e Vale do Tejo que se contou maior número de novos contágios (498), seguindo-se a região Norte (388) e, em terceiro lugar, o Centro (329). No Algarve houve mais 145 diagnósticos positivos, na Madeira foram mais 62, no Alentejo 46 e ainda mais 15 nos Açores.
Os casos ativos, ou seja, o número de pessoas que infetadas com o vírus da Covid-19, disparou nas últimas 24 horas, com uma subida de 1.006. Atualmente, há 37.931 casos ativos, valor que sobe há 5 dias consecutivos.
A última vez que a subida em 24 horas foi tão elevada foi no pico do verão, a 25 de agosto, com uma subida de 1.174 para 45.367 casos ativos.
Há ainda 32.005 contactos em vigilância nas últimas 24 horas, mais 387 do que na véspera. Portugal acumula 1.107.488 infetados e 18.257 óbitos desde o início da pandemia no país.