Ao longo da última semana (desde 9 de novembro), foram identificados mais dez casos associados à sub-linhagem da variante Delta AY.4.2 em Portugal.
Esta sub-linhagem caracteriza-se por duas mutações adicionais na proteína Spike (Y145H e A222V), está “em expansão” no Reino Unido e os primeiros dados apontam que possa ser 10% mais transmissível do que a forma original do vírus identificada em Wuhan, na China. Longe, ainda assim, dos 50 a 60% de aumento de transmissibilidade que se assistiu com o aparecimento das variantes Alpha e Delta.
O que se sabe sobre a AY.4.2, a nova variante que nasceu da Delta?
Os dez casos identificados ao longo de uma semana são reportados pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), que no seu mais recente relatório sobre “diversidade genética” do novo coronavírus em Portugal (divulgado esta terça-feira) refere que “no total, foram detetados até à data 38 casos associados a esta sub-linhagem em Portugal“. Há uma semana, lia-se no relatório: “Foram detetadas até à data 28 casos associados a esta sub-linhagem em Portugal”.
No relatório do INSA lê-se ainda que “os novos casos detetados desde o último relatório representam a continuidade de cadeias de transmissão previamente identificadas, bem como novas introduções“.
Destaca-se que esta sub-linhagem foi já detetada em todas as regiões, à exceção da Região Autónoma dos Açores, mantendo a sua maior circulação na Região do Algarve (Figura 3), onde foram detetados 25 casos até à data”, refere o INSA.
Sub-linhagem AY.4.2 da variante Delta triplicou em outubro em Portugal