E se pudesse sentir o mundo digital? Foi essa a inovação que a Meta, o novo nome da empresa que detém o Facebook, anunciou na terça-feira ao divulgar o protótipo de uma “luva háptica”, um aparelho que permite tocar em objetos virtuais como se fossem reais. O dispositivo ainda está “numa fase inicial” de desenvolvimento, mas poderá ser usado no futuro para interagir com a proposta de metaverso que a empresa prevê para os próximos anos.

Como explica a Meta em comunicado de imprensa, este dispositivo “para automaticamente” os dedos ao tocar num objeto quando se estiver a usar, por exemplo, óculos de realidade virtual (a empresa detém também a Oculus, uma das principais marcas destes aparelhos). Ao mesmo tempo, a “luva háptica” cria também a sensação de “suavidade” de uma superfície.

Para poder simular tudo isto, a equipa por trás deste protótipo está a “explorar os limites da combinação de perceção auditiva, visual e tátil para — por exemplo — convencer o sistema que o utilizador está a usar de que está a sentir o peso de um objeto”. Além disso, e de forma a que a luva possa “ser utilizada durante todo o dia”, tem “motores minúsculos que se movem em conjunto para dar a sensação [pretendida] à mão ao utilizador”.

O protótipo da “luva háptica” que a Meta está a desenvolver

O dispositivo contará também com um controlador de ar e rastreio automático das mãos para simular melhor este tipo de sensações no mundo digital. A equipa está ainda a tentar encontrar novos materiais que permitirão que a luva seja leve e resistente.

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Esta não é a primeira vez que o Reality Labs Research, o departamento de pesquisa da Meta para estas inovações, divulga protótipos de tecnologia com a qual veem as pessoas a interagir com objetos digitais no futuro. Em março deste ano, o Facebook já tinha anunciado que estava também a desenvolver uma pulseira que regista impulsos do cérebro para experiências mais imersivas.

A Meta não avança nenhuma data quanto ao lançamento da “luva háptica”, até porque há componentes que têm ainda de ser inventados, assume a empresa. Da mesma forma que tem mostrado o que o metaverso pode ser, a Meta do Facebook explica que revela antecipadamente este tipo de tecnologia para demonstrar o que é que o futuro pode ser com a interação do mundo digital.

Facebook. Empresa-mãe passa a chamar-se Meta

Como anunciou a Meta no final de outubro, quando foi anunciada a mudança de nome da empresa, a forma como interagimos com a tecnologia “vai ser mais imersiva” no futuro. “Quando estiver numa reunião no metaverso, vai sentir que está lá”, prevê Mark Zuckerberg, fundador e presidente executivo.