O Governo britânico decidiu incluir polvos, lulas e crustáceos no projeto lei de bem-estar animal, depois de um estudo, realizado pela Escola de Economia e Ciência Política de Londres, indicar que estes animais têm sistema nervoso central pelo que conseguem sentir dor. 

As conclusões partem do estudo encomendado pelo executivo britânico, que resultou num relatório divulgado na passada sexta-feira. Os resultados indicam que animais cefalópodes,como polvos e chocos, e decápodes, como caranguejos e lagostas, são seres sencientes.

Citado no comunicado do governo britânico, o ministro do Bem-Estar animal, Zac Goldsmith, justifica: “A ciência clarificou que decápodes e cefalópodes podem sentir dor e, portanto, é justo que eles sejam abrangidos por esta peça vital de legislação”.

O comunicado esclarece também que esta inclusão de animais como polvos, caranguejos e lagostas no projeto lei de bem-estar animal não vai afetar a pesca de moluscos nem prejudicar os restaurantes que vendem marisco. A medida prevê apenas que o bem-estar animal seja tido em conta em tomadas de decisão futuras.

Do relatório constam indicações para reduzir o sofrimento das espécies, como não cozinhar os crustáceos vivos ou garantir que o seu transporte é feito a temperaturas inferiores a 8ºC.

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