A Sporting SAD anunciou esta noite o aumento do empréstimo obrigacionista lançado na semana passada dos 30 milhões para um valor até aos 40 milhões. A informação, que já era aguardada perante a confiança manifestada pelos responsáveis na procura que a emissão iria ter, foi já confirmada à CMVM.

Um empréstimo por pagar, um empréstimo para pagar: Sporting lança obrigacionista de 30 milhões (que pode aumentar)

“Em função da procura podemos emitir mais ou menos. Menos não vamos emitir mas podemos emitir mais. Só se corresse mal mas estou confiante que vai correr bem. A minha convicção é a de que haverá mais procura do que há três anos. Se isso acontecer, e acontecendo, temos de tomar a decisão se aumentamos ou não, e em função da procura iremos aumentar ou não. Não iremos aumentar porque sim. Aquilo que procuramos é aumentar em função da procura. Garantir os 30 milhões e aumentar em função da procura”, tinha explicado Francisco Salgado Zenha, administrador da SAD, ao Observador, na mesma entrevista em que confirmou no que no passado dia 26 foi reembolsada a emissão anterior de 2018.

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De recordar que a Sporting SAD podia emitir até um valor de 50 milhões de euros, como tinha sido na última Assembleia Geral da sociedade verde e branca, mas, apesar da confiança na procura e dos sinais dos primeiros dias após o lançamento, optou por aumentar só mais dez milhões o valor total da emissão.

Entrevista a Francisco Salgado Zenha: “Mesmo sem Champions, o Sporting tem de gerar lucro”

“A nossa convicção é que vai correr bem, acho que é a convicção dos também dos bancos porque senão não emitiriam. Quem emitiu há três anos nas condições que emitimos e levantámos 26 milhões de euros…”, salientou ainda, recordando também os condicionalismos da emissão anterior: “A nossa convicção é que este corre muito melhor. Agora, os 50 milhões foi apenas uma deliberação numa Assembleia Geral que dá flexibilidade ao Conselho de Administração de emitir esse valor num ou mais empréstimos obrigacionistas durante o exercício inteiro. A probabilidade de o fazermos é muito baixa, não porque não achamos que não vai correr bem e possivelmente até podemos vir a conseguir esse valor mas porque à partida não necessitamos de fazer esse valor. Mais do que necessitar, não queremos fazer esse valor porque queremos manter-nos no mercado obrigacionista mas não queremos estar excessivamente [expostos] ao mercado obrigacionista. Queremos ter apenas uma emissão viva, não queremos emissões demasiado grandes”.

Na mesma entrevista ao Observador, Salgado Zenha explicou também a opção por manter a taxa de juro a 5,25%, a mesma da última emissão. “Foi uma possibilidade baixar a taxa de juro até olhando para os comparáveis. E tivemos outros clubes a emitirem com taxas mais baixas. Não o fizemos porque tivemos a preocupação de dar a confiança ao mercado. Após o adiamento de 2015 quisemos dar credibilidade ao mercado. Fizemos em condições difíceis em 2018 e reembolsámos o anterior, e agora quisemos passar essa mensagem de que vamos reembolsar o anterior sem estarmos dependentes desse dinheiro”, referiu.