As despesas das famílias residentes aumentaram 4,6% no terceiro trimestre relativamente ao mesmo período de 2020, após a variação de 19,4% no trimestre anterior, impulsionadas pelas compras de bens não duradouros e serviços, informou esta terla-feira o INE.

Segundo as Contas Nacionais Trimestrais divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), “as Despesas de Consumo Final das Famílias Residentes em bens não duradouros e serviços aumentaram 5,8%, em termos homólogos, no terceiro trimestre (17,7% no trimestre anterior e -5,6% no terceiro trimestre de 2020)”.

Pelo contrário, “a componente de bens duradouros diminuiu 5,7% em termos homólogos, após o aumento de 37,6% no trimestre anterior (1,9% no terceiro trimestre de 2020)”.

Já em relação ao segundo trimestre, as Despesas de Consumo Final das Famílias Residentes aumentaram 1,9% (variação em cadeia de 7,5% no trimestre anterior), “verificando-se crescimentos de 2,8% nas despesas em bens não duradouros e serviços e uma diminuição de 6,2% nas despesas em bens duradouros (taxas de 6,8% e 14,5% no segundo trimestre, respetivamente)”.

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O INE confirmou esta terça-feira que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 4,2% no terceiro trimestre em termos homólogos e subiu 2,9% em cadeia, tal como havia avançado na estimativa rápida de 29 de outubro passado.

“O Produto Interno Bruto (PIB), em termos reais, registou uma variação homóloga de 4,2% no terceiro trimestre de 2021. No trimestre anterior, a variação homóloga do PIB tinha sido 16,1%, em grande medida, devido ao forte impacto da pandemia no segundo trimestre de 2020″, refere o INE nas Contas Nacionais Trimestrais hoje divulgadas.

Segundo o instituto estatístico, o crescimento do PIB no terceiro trimestre de 2021 “refletiu a diminuição gradual das restrições impostas pela pandemia, após dois trimestres com resultados opostos: a forte redução do PIB no primeiro trimestre (-3,3%), determinada pelo confinamento geral, e um aumento de 4,4% no segundo trimestre, marcado pelo levantamento gradual das restrições à mobilidade”.

De julho a setembro, “o contributo da procura interna para a variação homóloga do PIB foi positivo, mas menos intenso que o observado no trimestre anterior”.

Por sua vez, “o contributo da procura externa líquida manteve-se negativo no terceiro trimestre, verificando-se um aumento das importações de bens e serviços ligeiramente mais pronunciado que o crescimento das exportações de bens e serviços”.

Refira-se ainda que, no terceiro trimestre de 2021, os deflatores das importações e das exportações registaram crescimentos acentuados, sobretudo relacionados com a evolução dos preços dos produtos energéticos e das matérias-primas, prolongando-se a perda nos termos de troca observada no trimestre precedente”, acrescenta o INE.

Face ao segundo trimestre de 2021, o PIB aumentou 2,9% em volume, verificando-se “um contributo positivo da procura externa líquida para a variação em cadeia do PIB, após ter sido negativo no segundo trimestre, e um contributo positivo menos intenso da procura interna no terceiro trimestre de 2021”.