Os serviços de urgência pediátrica e consulta externa de pediatria do Hospital Garcia de Orta, em Almada, encerram a partir desta terça-feira por um período de 14 dias na sequência de um caso de Covid-19 da variante Ómicron relacionado com o surto na Belenenses SAD. O Observador confirmou que se trata de um médico que presta serviços ao emblema azul, sendo que no momento tem apenas sintomas leves.

Luís Amaro, presidente do Conselho de Administração da unidade hospitalar, revelou, em conferência de imprensa, que 28 médicos estão em isolamento profiliático e 19 utentes, perfazendo 47 pessoas.

O médico que testou positivo esteve no Hospital Garcia de Orta pela última vez no dia 25 de novembro, trabalhando quer no serviço de consulta externa de pediatria, quer na urgência pediátrica. “Isso levou a que houvesse um número muito significativo de profissionais que contactaram com ele”, sinalizou Luís Amaro.

O presidente do Conselho de Administração do Garcia de Orta indicou ainda que o encerramento urgência pediátrica e consulta externa de pediatria foi determinado pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e garante que medida não é “excessiva”. Luís Amaro conta ainda que estes serviços reabram a 13 de dezembro, sendo que todos os contactos de alto risco vão fazer teste no quinto e décimo dia.

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Já segundo o Hospital Garcia de Orta (HGO), os dois serviços encerram temporariamente a partir desta terça-feira às 22h00 devido a um caso confirmado de Covid-19, num profissional de saúde, em funções no hospital e ligado ao surto já conhecido da variante Ómicron em Portugal.

O hospital aplicou a medida de isolamento profilático imediato a todos os contactos de risco identificados, cumprindo assim as orientações da autoridade de saúde.

Em comunicado, o hospital adianta que foram detetados 28 contactos de risco entre os profissionais de saúde, os quais estão a ser acompanhados pelo Departamento de Saúde Ocupacional da unidade hospitalar e que vão permanecer em isolamento profilático durante 14 dias.

Todos os profissionais identificados como contactos de risco realizaram teste PCR, para pesquisa de SARS-CoV2, e até ao momento não foram confirmados resultados positivos.

Foram igualmente identificados 28 utentes, considerados contactos de risco, em ambulatório, que já estão a ser seguidos pela autoridade de saúde local.

No Serviço de Pediatria do HGO vão manter-se em funcionamento o Internamento, Urgência Interna, Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos e Neonatais, Centro de Desenvolvimento da Criança Torrado da Silva e Unidade de Psiquiatria da Infância e Adolescência.

No caso de situações que requeiram atendimento urgente de crianças em idade pediátrica, em unidade de saúde hospitalar, os utentes devem dirigir-se para atendimento nos hospitais da Península de Setúbal, bem como no Hospital D. Estefânia (Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central), no Hospital de Santa Maria (Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte) ou no Hospital S. Francisco Xavier (Centro Hospitalar Lisboa Ocidental), este último no período diurno.

O HGO apela à população que, em caso de situação de doença aguda, em crianças em idade pediátrica, recorra, em primeiro lugar, aos centros de saúde do ACES Almada-Seixal, para atendimento entre as 08h00 e as 20h00, nos dias úteis.

Aos fins de semana e feriados podem deslocar-se aos serviços de Atendimento Complementar do Centro de Saúde da Amora (Seixal) ou do Centro de Saúde Rainha D. Leonor (Almada), das 10h00 às 17h00.

“O Hospital Garcia de Orta ativou todos os procedimentos necessários para garantir a prestação dos melhores cuidados de saúde à sua população, no respeito pelos níveis de qualidade e segurança estabelecidos, estando em permanente contacto com a Autoridade de Saúde Local, Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, Direção Geral da Saúde e tutela, prosseguindo as orientações que venham a ser emitidas”, refere a unidade hospitalar em comunicado.

A Covid-19 provocou pelo menos 5.206.370 mortes em todo o mundo, entre mais de 261,49 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.441 pessoas e foram contabilizados 1.147.249 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Uma nova variante, a Ómicron, foi recentemente detetada na África do Sul, tendo sido identificados, até ao momento, 13 casos desta nova estirpe em Portugal.

Notícia atualizada às 19h18 do dia 30