O presidente executivo da Pfizer, Albert Bourla, acredita que será necessário vir a tomar uma dose da vacina contra a Covid-19 anualmente para manter “níveis de proteção muito robustos”.

Numa entrevista à BBC, feita antes de a variante Ómicron ter entrado na ordem do dia, Albert Bourla foi questionado sobre se, no futuro, serão necessárias uma “quarta ou uma quinta doses” da vacina. “Se tivermos de adivinhar, com base em tudo o que vi até agora, diria que provavelmente será necessária a vacinação anual para manter níveis de proteção muito robustos e elevados”, respondeu.

A Pfizer, adiantou ainda, já adaptou as vacinas para responder à variante Beta, que também foi identificada na África do Sul, e à Delta, detetada na Índia, mas ainda não foram necessárias. A farmacêutica trabalha agora numa nova versão da vacina que seja eficaz perante a Ómicron e que pode estar disponível dentro de 100 dias.

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Este ano, a vacina contra a Covid-19 da Pfizer deverá traduzir-se em vendas de pelo menos 35 mil milhões de dólares (cerca de 30 mil milhões de euros). Questionado sobre o assunto, Bourla desvalorizou, salientando que o que se está a fazer é a “salvar milhões de vidas”. “Poupámos à economia mundial biliões de dólares”, apontou o CEO, que também recusa estar a lucrar excessivamente. A vacina, diz, custa o equivalente a uma “refeição take-away” aos países mais ricos e é vendida sem lucro aos países mais pobres.

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