A Comissão Política do PS reúne-se esta segunda-feira em Lisboa para aprovar as listas de candidatos a deputados nas próximas eleições, as quais apresentam globalmente uma linha de continuidade e poucas mudanças relevantes face às legislativas de 2019.

Algumas das listas propostas para os círculos eleitorais do território continental poderão ainda sofrer alterações de última hora na própria noite da reunião da Comissão Política do PS, sobretudo nos casos de Lisboa e Porto, mas, na sua maioria, deverão manter-se tal como saíram das federações distritais do partido.

As propostas de listas deverão ser aprovadas por ampla maioria na reunião da Comissão Política Nacional do PS, embora o líder da tendência minoritária, Daniel Adrião, já se tenha manifestado contra a forma como se desenrolou o processo de escolha dos candidatos a deputados nas estruturas do partido e também contra a exclusão de elementos da sua sensibilidade em lugares elegíveis nas listas.

Também no plano político interno, o antigo líder parlamentar socialista Francisco Assis — crítico desde o início da solução governativa do PS com o apoio do Bloco, PCP e PEV e defensor de entendimentos de regime com o PSD — apesar de se ter manifestado disponível para regressar ao parlamento, não consta até agora de nenhuma lista em lugar de destaque.

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Fonte socialista disse à agência Lusa que, pelo menos até à sexta-feira passada, Francisco Assis, que é presidente do Conselho Económico e Social, não tinha sido convidado pelo secretário-geral do PS, António Costa, para integrar as listas de candidatos a deputados deste partido às próximas eleições legislativas de 30 de janeiro.

Em relação às eleições legislativas de 2019, o PS mantém os cabeças de lista em Lisboa (António Costa), Porto (Alexandre Quintanilha), Setúbal (Ana Catarina Mendes), Madeira (Carlos Pereira), Fora da Europa (Augusto Santos Silva), Faro (Jamila Madeira), Beja (Pedro do Carmo), Évora (Capoulas Santos), Santarém (Alexandra Leitão), Guarda (Ana Mendes Godinho), Coimbra (Marta Temido), Aveiro (Pedro Nuno Santos), Viseu (João Azevedo) e Viana do Castelo (Tiago Brandão Rodrigues).

Esta linha de continuidade é explicada na direção do PS com base no facto de a legislatura atual ter sido interrompida a meio dos quatro anos, na sequência do chumbo da proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2021 na Assembleia da República.

Algumas das mudanças entre os cabeças de lista do PS acontecem nos Açores (Francisco César), Braga (José Luís Carneiro), Vila Real (Francisco Rocha), Bragança (Sobrinho Teixeira), Castelo Branco (Ana Abrunhosa), Leiria (António Lacerda Sales) e Portalegre (Ricardo Pinheiro).