A falta de chips, ou semicondutores, tem provocado imensas dificuldades aos fabricantes de automóveis, impedindo a produção dos veículos que o mercado é capaz de consumir, o que tem prejudicado a facturação e o lucro dos construtores. Muitos apostam que a solução deste problema está para breve, mas há cada vez mais responsáveis na indústria automóvel a temer que a crise se arraste por mais uns anos.

Entre estes pessimistas parece estar o grupo alemão Volkswagen AG, segundo a publicação Manager Magazin. A revista germânica refere que o conglomerado transaccionou cerca de 10 milhões de veículos em 2019, volume que deverá cair para 9 milhões em 2021 e para apenas 8 milhões em 2022. Mas o pior está por vir, pois tudo indica que a redução das vendas e quebra nas receitas continuará em 2023.

É um facto que o gigante alemão prevê, segundo o que afirmou à Reuters, que a falta de chips desacelere em 2022, mas apenas ligeiramente e não na primeira metade do ano. E aqui a VW está alinhada pelas previsões dos seus rivais BMW e Mercedes, que antecipam igualmente que a ausência de semicondutores se arraste bem depois de 2022.

Para lidar com a crise, algumas das marcas da Volkswagen AG, como a própria VW, além da Audi e da Skoda, já avançaram que o período de férias de Natal/Ano Novo se deverá prolongar até 10 de Janeiro, admitindo contudo que esta paragem estará longe de ser suficiente para absorver a falta de chips.

De recordar que os analistas calcularam que a indústria automóvel, como um todo, perderia 210 mil milhões de dólares, cerca de 187 mil milhões de euros, devido à não produção de aproximadamente 7,7 milhões de veículos por falta de chips. Isto só em 2021.

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