O número de mortos do naufrágio ocorrido na segunda-feira ao largo da costa oriental de Madagáscar subiu para 64, segundo um novo balanço da Agência Marítima e Portuária (APMF).

“Segundo as últimas informações recebidas esta manhã [quarta-feira] (…) 50 pessoas foram resgatadas e 64 morreram”, informou esta quarta-feira a APMF através de uma breve declaração.

O navio transportava cerca de 130 passageiros, excedendo a capacidade máxima, dos quais 45 foram resgatados. Há ainda 20 desaparecidos.

“As buscas continuam e dois barcos de busca estão ao largo da costa de Sainte-Marie”, acrescentou a agência, que também enviou condolências às famílias dos mortos.

O presidente de Madagáscar, Andy Rajoelina, declarou um dia de luto nacional “em memória das vítimas do naufrágio”.

O navio — o cargueiro “MS France” — virou na segunda-feira, enquanto navegava entre as áreas de Antanambe e Soanierana Ivongo (leste).

O capitão Mendrikaja Andriamarozaka, chefe da polícia na área onde ocorreu o naufrágio, disse que o navio estava a operar “clandestinamente”, de acordo com relatos dos meios de comunicação locais.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O diretor de operações marítimas da APMF, Mamy Thierry Randrianavony, disse que o afundamento se deveu a uma falha do motor do navio de carga.

Entretanto, um helicóptero militar que se encontrava à procura de vítimas do naufrágio, transportando o general Serge Gellé, chefe da Guarda Nacional, embateu no mar na segunda-feira.

Gellé foi encontrado vivo na terça-feira, depois de ter nadado durante quase 12 horas, disse num vídeo colocado nas redes sociais. “Ainda não chegou a minha hora de morrer”, acrescentou.

Outro passageiro do helicóptero foi salvo, um terceiro morreu e um quarto está desaparecido.