Os Nirvana responderam, pela primeira vez, ao processo judicial aberto pelo homem de agora 30 anos que apareceu em bebé nu na capa do álbum “Nevermind”. Spencer Elden acusou a banda de “pornografia infantil”, algo que lhe causou um “sofrimento emocional extremo” ao longo da vida.
Segundo a revista Rolling Stone, os advogados da banda norte-americana argumentam que Spencer Elden “lucrou durante três décadas e aproveitou o seu estatuto de ‘Baby Nirvana'”. Dizem ainda que os processos já prescreveram, mesmo Spencer Elder tendo defendido que só se apercebeu das “interferências no seu desenvolvimento” em 2011.
“A fotografia de capa foi tirada em 1991. Tornou-se mundialmente famosa por volta de 1992”, começam por dizer os advogados, que salientam que muito antes de 2011 Spencer Elden já conhecia a fotografia e sabia que era o bebé da capa do álbum. “Ele esteve completamente consciente dos factos das supostas ‘violações’ durante décadas.”
A equipa de advogados vai mais longe e sinaliza que Spencer Elden “recriou várias vezes a fotografia a troco de dinheiro”, “tatuou no peito a palavra ‘Nevermind'”, “apareceu em talk shows a parodiar a capa”, “autografou cópias do álbum para vender no eBay” e usou o estatuto para “tentar engatar mulheres”.
“Uma análise da foto ou do próprio comportamento de Elden” comprova que a acusação “não pode ser séria”, vincam os advogados.
Spencer Elden pede uma indemnização de 150 mil dólares (cerca de 128 mil euros) a cada uma das 17 partes envolvidas no processo (totalizando mais de 2,5 milhões de dólares — aproximadamente 2,1 milhões de euros). O advogado do do jovem, Robert Y. Lewis, considera que a imagem “mostra partes íntimas” do corpo do cliente, tendo “exposto lascivamente os genitais” do jovem. Além disso, afirma que a nota de 1 dólar colocada na capa de álbum fez o bebé parecer um “trabalhador da área do sexo”.