As instituições de ensino superior (IES) implementaram medidas para atenuar os efeitos da pandemia de Covid-19 nos estudantes, como os gabinetes de apoio psicológico ou a disponibilização de computadores, revela o relatório da Task Force das Ciências Comportamentais.
O “Inquérito IES II – Acompanhamento de Estudantes Covid-19”, aplicado entre 27 de novembro e 6 de dezembro, mostra que as instituições planearam e implementaram programas para apoiar e acompanhar os estudantes do ensino superior, segundo as conclusões do relatório divulgado esta quarta-feira.
Preocupados com os efeitos psicológicos da pandemia, a maioria das 71 universidades e institutos politécnicos que responderam ao inquérito acionaram ou criaram gabinetes de apoio: algumas instituições implementaram serviços e programas para a promoção do bem-estar psicológico, outras reforçaram as consultas de psicologia que já tinham.
Para tentar evitar situações de abandono escolar por dificuldades financeiras, as escolas implementaram medidas que permitiram a flexibilização do pagamento de propinas assim como de emolumentos, aponta a task force.
Outras das medidas pensadas para combater o abandono foram a revisão dos regulamentos de acesso a exames, adiamento dos prazos e desenvolvimento de programas de tutoria e supervisão por parte de docentes e coordenadores de curso.
Para os estudantes em situação de maior vulnerabilidade económica, as escolas disponibilizaram também equipamento informático e Internet.
A pensar nos estudantes do 1.º ano, criaram-se atividades ou programas de acolhimento com o apoio de estudantes, professores e coordenadores de curso.
“Para incentivar a continuidade de estudos pós-graduados foram mantidos a colaboração e os protocolos com empresas e instituições e concedida uma flexibilização e descontos nas propinas”, refere o documento esta quarta-feira divulgado.
As escolas apostaram ainda na atividade física para promover comportamentos saudáveis: “Foram realizados webinars e disponibilizados espaços de treino ou atividades desportivas”.
No documento esta quarta-feira divulgado, a task force recomenda que as ações que foram desenvolvidas pelas universidades e politécnicos sejam mantidas e apoiadas no sentido de mitigar dificuldades em termos sociais, pedagógicos e de saúde, resultado da pandemia.
A Covid-19 provocou mais de 5,41 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.