A Direção-Geral da Saúde reduziu de 10 dias para sete o período de isolamento para quem testa positivo à infeção por SARS-CoV-2, desde que já não se exibam sintomas de Covid-19. Os contactos de alto risco destes casos positivos também só precisam de se isolar por uma semana.
“Esta decisão está alinhada com orientações de outros países e resulta de uma reflexão técnica e ponderada, face ao período de incubação da variante agora predominante, a Ómicron”, diz o comunicado da DGS. A atualização das normas das autoridades de saúde e a adaptação dos sistemas de informação será realizada na próxima semana — até lá vigoram as regras atuais dos 10 dias.
A atualização do período de isolamento vai no mesmo sentido de países como Espanha e Inglaterra. Mas a Madeira encurtou ainda mais as quarentenas, de 10 dias para apenas cinco, em linha com o que também se aplica nos Estados Unidos e para as pessoas vacinadas em Itália.
Casos positivos não precisam de teste, mas contactos de alto risco só saem de quarentena com teste negativo
Em declarações à RTP3, a diretora-geral da saúde Graça Freitas explicou que os especialistas estiveram a analisar o período de incubação e infecciosidade da variante Ómicron e descobriram que eram mais curtos.
Com base nesses períodos, estabeleceram-se neste momento em sete dias o período de isolamento: “Coincide duas coisas. Segurança — termos a maior parte das pessoas que precisam de isolamento isoladas — e libertando-as para a vida normal, laboral e social, mais cedo”.
Os casos positivos não precisam de testar negativo para saírem do isolamento ao fim de sete dias, mas só se nunca tiverem tido sintomas de Covid-19: “Como não desenvolveram sintomas, podem sair do seu isolamento em segurança”, explicou a diretora-geral da saúde. Mas os contactos de alto risco só saem da quarentena se testarem negativo ao fim de uma semana.
Contactos de alto risco não precisam de isolamento se já tiverem dose de reforço
As normas atualizadas com a redução do tempo de isolamento fará uma diferenciação entre as pessoas que já levaram uma dose de reforço contra a Covid-19 e as que ainda não a levaram.
Os contactos de alto risco que estiverem completamente vacinados e já tiverem levado a dose de reforço não vão precisar de cumprir isolamento, mesmo que coabitem com um caso positivo, adiantou Graça Freitas. As pessoas recuperadas também não ficarão em isolamento e têm o mesmo estatuto que as pessoas com reforço vacinal.
Quem, por outro lado, ainda não levou a dose de reforço, têm mesmo de ficar em casa pelo menos durante sete dias. As pessoas não vacinadas ou sem a vacinação completa — incluindo as crianças — que tiverem um contacto de alto risco têm de permanecer isoladas durante pelo menos sete dias, tal como as que estão vacinadas mas ainda sem a dose de reforço.