O príncipe André e Virginia Giuffre não são os únicos protagonistas da audiência desta terça-feira, na qual é discutido o futuro de ambos os intervenientes — poderá a ação civil interposta contra o duque de York ser arquivada ou não? Do lado da defesa, Andrew Brettler vai argumentar que um acordo firmado entre a alegada vítima e Jeffrey Epstein, em 2009, é o suficiente para que o juiz norte-americano rejeite o caso.

Brettler é um reconhecido advogado de Hollywood e sócio sénior da empresa de Los Angeles Lavely & Singer. O advogado já antes representou várias celebridades acusadas de assédio sexual. Entre os nomes mais sonantes está Armie Hammer, protagonista do filme “Chama-me pelo teu nome”, de 2017, que em 2021 foi acusado de abuso sexual e físico.

Mas também Danny Masterson, da série “Que Loucura de Família”, emitida entre 1998 e 2006 — Masterson é acusado de violação. Bryan Singer, realizador de filmes de sucesso em Hollywood, incluindo alguns da saga X-Men, é outro dos nomes. Sem esquecer o caso do cantor Ryan Adams, que remonta a 2019.

Em maio, numa entrevista à publicação Hollywood Reporter, Brettler criticou o movimento MeToo, ao dizer que “havia uma suposição de transgressão” com base apenas numa acusação, mesmo que anónima. Numa outra entrevista, de acordo com o Daily Mail, argumentou que, por vezes, “a melhor defesa é não fazer nada, é aceitar a punição (…) ficar quieto e melhorar enquanto pessoa”, bem como tratar dos pedidos de desculpa em privado.

A empresa Lavely & Singer foi fundada por Marty Singer, também ele um famoso advogado de celebridades, cuja carteira de clientes inclui nomes como Charlie Sheen e Bill Cosby, mas ainda Michael Jackson, Tom Hanks, Naomi Campbell, Demi Moore ou Eddie Murphy.

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