A Honda abriu as pré-reservas para a nova geração do seu HR-V, um SUV mais compacto que o CR-V mas que, face a este, oferece uma distância ao solo um pouco mais generosa (18,8 cm contra 18,2), o que lhe permitirá aventurar-se por terrenos menos próprios – se bem que o facto de ter apenas tracção dianteira não aconselhe grandes veleidades… Em Portugal, os preços arrancam nos 34.500€ da versão Elegance, subindo para 37.500€ na versão Advance, mais equipada. De resto, como a marca faz questão de frisar em nome de uma comunicação “mais transparente”, os preços anunciados são “chave na mão”, o que significa que já incluem despesas de legalização e transporte, garantia de cinco anos, cinco anos de assistência em viagem e a pintura metalizada.
Tendo como rivais o sul-coreano Kia Niro ou o também japonês Toyota CH-R, o novo Honda HR-V cresce face à anterior geração, ainda que não haja ganhos de grande monta. O SUV que chegará aos primeiros clientes portugueses já no próximo mês de Março mede 4,34 m de comprimento, 1,79 m de largura e 1,58 m de altura (menos dois centímetros do que a geração anterior.
Segundo a marca, a rigidez torcional foi incrementada e o conjunto motopropulsor é composto por um motor a gasolina naturalmente aspirado, a funcionar sob o ciclo Atkinson, o que favorece os baixos consumos e correspondentes emissões, mesmo quando não entra em acção o motor eléctrico. Enquanto o 1.5 de quatro cilindros em linha entrega 107 cv de potência e 131 Nm de binário máximo, o motor eléctrico debita 131 cv/96 kW e 253 Nm, existindo ainda uma outra unidade eléctrica, cujo único propósito é o de gerar corrente. A alimentar o sistema híbrido está um pequeno acumulador de iões de lítio, que se encontra alojado sob o piso da bagageira, com cerca de 1 kWh de capacidade.
Este conjunto, que a marca designa por e:HEV, é em tudo semelhante ao que já equipa o Jazz e o CR-V, distinguindo-se essencialmente pela potência combinada, que fica nos 131 cv, ou seja, entre os 109 cv do Jazz e os 184 cv do CR-V. Embora no comparativo da potência, o Honda perca para os 141 cv do Niro híbrido, tal não belisca o seu desempenho num sprint. Segundo a marca, os 0-100 km/h ficam para trás ao fim de 10,6 segundos, taco a taco com o Captur E-Tech (143 cv), melhor que os 11 segundos do Toyota C-HR (122 cv) e que os 11,5 segundos do Kia.
Os três modos de condução (eléctrico, híbrido ou combustão) são escolhidos automaticamente pelo sistema, em função da carga da bateria e das solicitações no pedal do acelerador, para maximizar a economia de combustível. Segundo a Honda, de acordo com o protocolo europeu de medição de consumos e emissões WLTP, a versão híbrida desta 3.ª geração do HR-V regista um consumo em ciclo combinado de 5,4 l/100 km, a que correspondem emissões de 122 g/km de CO2. Em condições normais, o motor 1.5 a gasolina acciona o motor eléctrico mais pequeno para gerar electricidade, que depois é fornecida ao motor eléctrico de maiores dimensões (131 cv), que assegura a tracção do veículo. Só em casos muito específicos, em auto-estrada a uma velocidade mais elevada, é que o motor de combustão recorre a uma embraiagem que se ligar directamente às rodas da frente e faz mover o SUV japonês. Para evitar perdas de potência, nem o motor eléctrico do Honda, nem o de combustão, estão ligados a uma caixa de velocidades, mas apenas a um desmultiplicador. É esta transmissão que a marca nipónica baptiza eCVT, que no fundo funciona como uma “caixa de uma mudança só”.