O habitual é a ambulância dos bombeiros chegar a um centro hospitalar e o doente ser transferido da maca em que foi transportado para uma do hospital. A original, que transportou o doente até às urgências hospitalares, é devolvida aos bombeiros. Com a maca dentro da viatura, bombeiros e ambulância seguem para a emergência seguinte. Nesta terça-feira, um afluxo fora do normal de doentes a precisar de internamento fez com que muitas ambulâncias se concentrassem no parque do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho.

Segundo fonte oficial, o problema residiu no número de macas. Como o número de doentes — Covid e não Covid — foi superior ao normal, as urgências não tinham macas disponíveis para transferir os doentes.

Assim, os doentes, já nas instalações do hospital, tinham de aguardar nas macas trazidas pelos bombeiros, enquanto as ambulâncias aguardavam que o equipamento lhes fosse devolvido. A mesma fonte garante que não há falta de macas no hospital, até porque muitas foram adquiridas na sequência da pandemia, e apenas foi necessário transferi-las de outros serviços onde não estavam a ser usadas para a zona das urgências.

Atualmente, o centro hospitalar tem internados 55 doentes Covid.

“Tivemos um grande aumento de doentes no Serviço de Urgência com necessidade de internamento pelo que foi necessário otimizar a gestão de entradas/altas para dar resposta adequada a uma necessidade extraordinária. Este aumento levou a que momentaneamente o número de macas disponíveis no Serviço de Urgência fosse insuficiente, situação rapidamente resolvida com a alocação de mais macas”, respondeu ao Observador o gabinete de comunicação do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho.

O Correio da Manhã chegou a noticiar que haveria 20 ambulâncias paradas, mas a mesma fonte garante que nunca se chegou a esse valor, tendo o problema ficado resolvido depois da hora de almoço.

“Adiantamos que em momento algum os doentes aguardam assistência nas ambulâncias — poderá haver algum atraso na devolução da maca às corporações”, garante a fonte hospitalar, afirmando que todos os constrangimentos já se encontram resolvidos.

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