Uma pessoa ficou esta sexta-feira em prisão preventiva após interrogatório judicial, por ser suspeita de integrar uma organização criminosa com implantação em vários países europeus dedicada à produção e tráfico de canábis, anunciou à Lusa a Polícia Judiciária (PJ).

De acordo com fonte da PJ, apenas um dos quatro detidos foi sujeito a prisão preventiva, sem adiantar mais pormenores.

Quatro pessoas, três homens e uma mulher, foram detidas em Portugal por fortes suspeitas de integrarem uma organização criminosa com implantação em vários países europeus dedicada à produção, exportação e distribuição “em larga escala” de canábis, foi divulgado esta sexta-feira.

A Polícia Judiciaria (PJ) explicou, em comunicado, que através da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes, e num inquérito dirigido pelo Ministério Público de Almada (distrito de Setúbal), realizou nos últimos dias uma operação policial visando desmantelar “locais de produção ‘indoor’ de grandes quantidades de canábis”.

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De acordo com a PJ, os detidos são todos estrangeiros, com idades compreendidas entre os 35 e os 59 anos, tendo sido já presentes às autoridades para primeiro interrogatório judicial e aplicação de medidas de coação.

A operação, segundo a PJ, contou com o apoio do Laboratório de Polícia Científica e é o resultado de uma investigação iniciada em meados de 2021 na sequência da deteção, em território nacional, de encomendas de canábis que estavam a ser enviadas para outros países europeus. Os locais de produção desmantelados funcionavam no interior de armazéns de grandes dimensões, localizados na região da Grande Lisboa e na zona centro do país, sendo que neste último caso se encontrava ainda em fase de instalação.

O local, que já tinha produção, estava equipado com “sofisticados sistemas de controlo de temperatura, humidade, fertilização, rega, ventilação e extração forçada de ar, com filtragem de odores”, tudo para maximizar a capacidade produtiva e evitar a sua deteção por parte das autoridades.

A PJ adianta que foram apreendidas um total de “largos milhares de plantas de Canábis Sativa L em diferentes estados de crescimento“, divididas por estufas autonomizadas. A canábis produzida continha um elevado teor de tetrahidrocanabinol (THC), destinando-se a ser exportada, maioritariamente para países do norte da Europa. Além de outros elementos de prova, as autoridades apreenderam uma “considerável quantidade de droga já pronta para expedição, num total de cerca de 125 quilogramas“.

Notícia atualizada às 22h40