A Meta (Facebook) vai instaurar uma distância mínima entre os avatares na Horizon, a sua rede social na realidade virtual, depois de relatos dos primeiros incidentes por assédio virtual.

Horizon Worlds e Horizon Venues permitem que os utilizadores dos capacetes imersivos Oculus se encontrem, joguem, criem os seus próprios universos ou ainda que assistam a concertos na forma de avatares personalizados.

A nova funcionalidade, batizada Personal Boundary (Fronteira Pessoal), impede os avatares de se aproximarem ao equivalente a menos de um metro uns dos outros, “para criar mais espaço pessoal para as pessoas e evitar mais facilmente interações não desejadas”, detalhou a Meta, em comunicado divulgado na sexta-feira.

O grupo californiano, que inclui as redes Facebook e Instagram, os serviços de mensagens WhatsApp e Messenger e a marca de realdaide virtual VR Oculus, nomeadamente, mudou o seu nome, no outono, para Meta, para assinalar a sua orientação para o ‘metaverso’, um universo paralelo acessível em realidade aumentada ou virtual, descrito como o futuro da internet.

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Mas os críticos receiam que alguns fenómenos de massa observados em linha, como o assédio ou a desinformação, se reproduzam nestes mundos ultra imersivos.

No final do ano passado, uma utilizadora de Horizon Worlds relatou que tinha sido tocada, através do seu avatar. Ela não tinha ativado uma opção que permite bloquear os outros, designada Safe Zone (Zona Segura).

Um incidente que Vivek Sharma, vice-presidente da Horizon, qualificou como “muito lamentável”, em entrevista à The Verge em dezembro, acrescentando que queria que esta opção ficasse “muito fácil de encontrar”.

No comunicado, a empresa detalhou: “Decidimos ativar o ‘Personal Boundary’ por definição, a todo o instante, porque pensamos que isso vai ajudar a instaurar das normas de comportamento — é importante para um meio relativamente novo como a VR” (realidade virtual).

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