A presidência ucraniana afirmou, este domingo, que as hipóteses de encontrar uma “solução diplomática” para a crise com a Rússia são “consideravelmente maiores” do que as hipóteses de uma “escalada” militar.

“As hipóteses de encontrar uma solução diplomática são consideravelmente maiores do que a ameaça de uma nova escalada”, disse, citado pela AFP, o conselheiro do chefe da administração presidencial da Ucrânia Mykhailo Podoliak, numa declaração depois de os serviços secretos norte-americanos terem avisado que Moscovo tinha intensificado preparativos para uma invasão em larga escala da Ucrânia.

A Rússia tem em curso diversos exercícios militares em várias regiões, incluindo a 150 milhas (cerca de 240 quilómetros) a sudoeste da Irlanda, um país com um acordo de parceria com a NATO.

Estes exercícios realizam-se num momento de elevada tensão entre os países ocidentais e a Rússia devido à presença de dezenas de milhares de tropas russas perto das fronteiras da Ucrânia.

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O Ocidente acusa a Rússia de pretender invadir de novo a Ucrânia, depois de lhe ter anexado a península da Crimeia, em 2014, mas Moscovo nega qualquer intenção bélica.

As autoridades russas condicionam a resolução da crise a exigências que dizem ser necessárias para garantir a sua segurança.

Essas exigências incluem uma garantia de que a Ucrânia não será um Estado-membro da NATO e que a Aliança retirará as suas tropas na Europa de Leste para posições anteriores a 1997.

Os Estados Unidos rejeitaram as exigências russas, mas deixaram a porta aberta para conversações sobre outras questões de segurança, como o destacamento de mísseis ou a limitação recíproca de exercícios militares.