As autoridades de Madagáscar elevaram para 120 o número de vítimas mortais devido ao impacto do ciclone tropical Batsirai, que atingiu o país insular no passado fim de semana.
O ciclone também destruiu pelo menos 8.630 casas e cerca de 30.800 pessoas foram deslocadas para 117 centros de evacuação, segundo o diretor do Gabinete Nacional de Gestão de Riscos e Desastres (BNGRC), Paolo Emilio Raholinarivo, citado pela agência de notícias Efe.
De acordo com Raholinarivo, os esforços de resgate ainda estão em curso e os números ainda são provisórios.
A tempestade atingiu terra no sábado, perto da cidade oriental de Mananjary, com ventos de mais de 235 quilómetros por hora, segundo o Instituto Meteorológico malgaxe (Météo-Madagascar).
O ciclone causou inundações, destruiu edifícios e provocou cortes de energia, entre outros danos materiais.
O Batsirai atingiu Madagáscar após a tempestade Ana, em janeiro, que matou pelo menos 58 pessoas, a maioria em Antananarivo, e afetou cerca de 131.000 pessoas em toda a ilha, de acordo com o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA).
A tempestade Ana também atingiu Moçambique (25 mortos, 220 feridos e 141.500 pessoas afetadas) e o Malaui (33 mortos e 158 feridos), anunciou a OCHA.
O Batsirai concluiu a sua passagem por Madagáscar na segunda-feira.
Os elementos da proteção civil do país conseguiram já aceder a quase todas as áreas afetadas pelo vento e pela chuva.
A principal preocupação agora é o acesso a água potável e as organizações humanitárias receiam a propagação de doenças diarreicas ligadas ao consumo de água poluída, o que poderá dar origem a um ressurgimento da malária.
Cerca de 10 tempestades ou ciclones atravessam anualmente o sudoeste do oceano Índico durante a época dos ciclones, que decorre entre novembro e abril.