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Pelo menos cinco bombeiros e um militar da GNR ficaram esta quarta-feira feridos, dois dos quais em estado grave, na sequência de um incêndio no concelho de Nelas, distrito de Viseu, seguido de explosões no interior e no exterior de um armazém, informou fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS).

Os dois feridos graves mantêm-se internados no Hospital de Viseu. Esta quinta-feira, fonte hospitalar adiantou ao Observador que um deles foi transferido para enfermaria. Já esta sexta-feira, o Observador sabe que o doente que continua na unidade de cuidados intensivos vai ser submetido a nova cirurgia. Quanto ao doente que está em enfermaria, está a recuperar favoravelmente.

O homem de 62 anos que esta quarta-feira terá provocado o fogo na antiga serralharia em Vale de Madeiros, Canas de Senhorim, está detido e a ser interrogado pela Polícia Judiciária (PJ) nesta quarta-feira, disse esta força de segurança à agência lusa.

À agência Lusa, fonte da PJ explicou que “em princípio, vai a tribunal na sexta-feira”, para ser ouvido. “Tudo depende da evolução das diligências que estão neste momento a acontecer”.

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O homem esteve barricado no armazém a ameaçar pessoas com engenhos explosivos, confirmou à Rádio Observador a vice-presidente da autarquia, Elsa Maria Abrantes Loureiro Rodrigues.

O incêndio foi considerado resolvido às 18h25, segundo fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Viseu à Agência Lusa, acrescentando que “decorrem diligências por parte da GNR, com as brigadas de explosivos, para ver o que ainda haverá por lá” e o que terá originado a situação.

Aos jornalistas no local, Miguel David, comandante distrital Proteção Civil de Viseu, avançou então que o suspeito estava sob custódia da GNR e a ser ouvido. Encontrava-se a cooperar com as autoridades e demonstrava um estado de espírito “calmo”. Será o proprietário do terreno.

“Um vez procedida a extinção do incêndio, passou a ser uma operação com contornos de diligências policiais no âmbito do terreno, com atividade de investigação.”

Miguel David divulgou que um dos feridos leves eram um agente da GNR, enquanto cinco eram bombeiros. Destes cinco, dois ficaram feridos com gravidade: um com um traumatismo nos membros inferiores, outro com um traumatismo na zona do abdómen. Estes seis feridos foram transportados para o Hospital da Viseu.

A Proteção Civil manteve um dispositivo de arrefecimento. “Simultaneamente”  criou um “acesso para um melhor encaminhamento de meios”. Miguel David disse que foram acionados 41 veículos e 95 operacionais “oriundos de várias entidades” para o local.

Da parte da GNR, o comandante André Batista revelou que os meios da guarda foram mobilizados, devido às explosões, tendo sido acionado a brigada de explosivos. As autoridades continuam a investigar, mas, para o fazerem com mais detalhe, precisavam que o local das explosões fosse limpo, sublinhou o responsável, que também divulgou que o agente da GNR ficou ferido com um “estilhaço” na perna.

Uma responsável do INEM apontou a “projeção de estilhaços” como principal causa dos ferimentos, mas não descartou que um dos feridos graves tenha sido atingido pelo disparo de uma arma de fogo. “Tem de ser avaliado melhor”, sinalizou, tendo divulgado que o helicóptero do Hospital de Viseu não teve de ser acionado.

[Notícia atualizada às 11h20 do dia 18 de fevereiro com a informação atualizada sobre o estado de saúde dos feridos que continuam internados no Hospital de Viseu]