À medida que as tropas russas avançam sobre território ucraniano, numa guerra que eclodiu na passada quinta-feira e despertou a atenção do mundo, também a realeza se insurgiu contra o conflito na Europa. Se o rei Guilherme Alexandre dos Países Baixos foi dos primeiros a reagir, na própria quinta-feira, a mais recente intervenção pertence aos duques de Cambridge que no sábado assumiram uma rara tomada de posição.
In October 2020 we had the privilege to meet President Zelenskyy and the First Lady to learn of their hope and optimism for Ukraine’s future.
Today we stand with the President and all of Ukraine’s people as they bravely fight for that future ???????? W & C
— The Prince and Princess of Wales (@KensingtonRoyal) February 26, 2022
Através das redes sociais, William e Kate expressaram o seu apoio ao povo ucraniano após a invasão russa. O casal real divulgou no Twitter um curto comunicado reconhecendo que em outubro de 2020 teve “o privilégio” de conhecer o presidente Zelensky e a primeira-dama, e que ficara também a par da “esperança e otimismo” que ambos manifestaram face ao futuro do seu país. “Hoje, estamos com o presidente e todo o povo da Ucrânia enquanto eles lutam corajosamente por esse futuro.”
From the Duke and Duchess of Sussex and their team at the Archewell Foundation: pic.twitter.com/kd9vs9suJS
— Omid Scobie (@scobie) February 24, 2022
A mensagem terminou com um emoji alusivo à bandeira azul e amarela do país que agora está nas bocas do mundo, embora não tenha sido a primeira reação da realeza britânica ao conflito que vai escalando de tom e que está perto de ter provocado meio milhão de refugiados. Um dia antes dos Cambridge, era a vez dos Sussex. Na passada sexta-feira, Harry e Meghan adiantaram-se aos familiares ao divulgarem um comunicado na página da fundação que criaram, Archwell, no qual condenavam as ações de Vladimir Putin e incitavam líderes mundiais a tomar uma posição perante o conflito armado.
O príncipe Harry e Meghan, o duque e a duquesa de Sussex, e todos nós na Archewell estamos com o povo da Ucrânia contra esta violação do direito internacional e humanitário, e incentivamos a comunidade global e os seus líderes a fazer o mesmo”, lê-se.
Na manhã de quinta-feira, o rei dos Países Baixos partilhava um apelo semelhante, ao mostrar-se empático com o povo ucraniano e com a comunidade ucraniana no seu país. E, em Espanha, Felipe VI reunia-se no Palácio da Zarzuela para analisar a situação, deixando a rainha Letizia sozinha com a responsabilidade de inaugurar a feira de arte contemporânea ArCo Madrid.
El Rey preside la reunión del Consejo de Seguridad Nacional, celebrada en el Palacio de La Zarzuela.
➡️https://t.co/xJIJq0YX0r pic.twitter.com/CnPSG1pcXZ— Casa de S.M. el Rey (@CasaReal) February 24, 2022
A rainha Isabel II, muito conhecida pela neutralidade política, não fez saber qualquer tomada de posição. Ainda assim, de acordo com a Harper’s Bazaar, a monarca adiou um compromisso diplomático tendo em conta a crise que se vive na Ucrânia. A receção de carácter anual estava inicialmente marcada para o dia 2 de março, a ter lugar no Castelo de Windsor, e previa mais de 500 membros do corpo diplomático enquanto convidados.
Curiosamente, quatro dias antes de a guerra começar, a televisão estatal russa dizia que tanto o príncipe André como o príncipe Carlos “precisavam” de uma guerra na Ucrânia para distrair as atenções coletivas dos sucessivos escândalos reais.