O primeiro-ministro, António Costa, vai receber a embaixadora da Ucrânia em Portugal, Inna Ohnivets, na quarta-feira, pelas 15h, em São Bento, disse à Agência Lusa fonte oficial do Governo.

A embaixadora da Ucrânia em Portugal já foi recebida pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém, na quinta-feira, primeiro dia da ofensiva militar russa em território ucraniano.

À saída dessa audiência, Inna Ohnivets expressou “gratidão profunda a Portugal” pela condenação deste ataque e afirmou que “a Ucrânia espera o apoio da NATO e da União Europeia”, não só através da imposição de sanções à Rússia, mas “também, se for possível, apoio militar”.

“A Ucrânia não é membro da NATO, mas se a Ucrânia for ocupada pela Rússia, pergunto: qual será o país seguinte? E pode ser um membro da NATO. Por isso, a Ucrânia agora está a defender não só o seu território, mas a toda a Europa”, declarou aos jornalistas.

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Na segunda-feira, Inna Ohnivets pediu ao Governo português que apoie a adesão da Ucrânia à União Europeia e que considere a possibilidade de romper relações diplomáticas com a Federação Russa agradecendo as sanções e a assistência militar.

Estas posições foram transmitidas pela embaixadora ucraniana numa conferência de imprensa conjunta com o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, para apresentação de medidas destinadas a apoiar famílias ucranianas na capital portuguesa.

A Federação Russa lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que segundo as autoridades ucranianas já provocou a morte de mais de 350 civis, incluindo crianças. A Organização das Nações Unidas (ONU) deu conta de mais de 660 mil deslocados desde o primeiro dia desta ofensiva.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de o país se defender e durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela maioria da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos da América, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar o regime de Moscovo.