Muitas delegações, entre as quais da Ucrânia e dos países ocidentais, boicotaram esta terça-feira a intervenção de do ministro dos Negócios Estrangeiros russo na Conferência de Desarmamento, deixando a sala quase vazia quando Sergueï Lavrov começou a discursar .
Os diplomatas abandonaram ostensivamente a sala no início do discurso de Lavrov, que foi pré-gravado, constatou a AFP.
O ministro russo deveria ter ido pessoalmente a Genebra, mas anulou na segunda-feira a deslocação invocando as “sanções anti-russas” que o proíbem de sobrevoar a União Europeia.
Neste momento, governos de várias partes do mundo boicotam discurso de Lavrov na ONU e deixam sala enquanto russo fala sobre direitos humanos.
Brasil opta por não boicotar e permanece na sala. pic.twitter.com/Om5RrkUmy5
— Jamil Chade (@JamilChade) March 1, 2022
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e mais de 660 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.