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Cinco crianças detidas e levadas para uma esquadra de Moscovo com as mães por tentarem deixar flores junto à embaixada da Ucrânia

Este artigo tem mais de 2 anos

Cinco crianças, entre os 7 e os 11 anos, foram levadas com as respetivas mães para uma esquadra de Moscovo esta terça-feira, por tentarem deixar flores na embaixada da Ucrânia.

Para além das flores, as crianças transportavam um cartaz, que dizia qualquer coisa como "não à guerra"
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Para além das flores, as crianças transportavam um cartaz, que dizia qualquer coisa como "não à guerra"

Para além das flores, as crianças transportavam um cartaz, que dizia qualquer coisa como "não à guerra"

Cinco crianças, entre os 7 e os 11 anos, terão sido detidas e levadas para a esquadra de Presnenskoye, em Moscovo, depois de esta terça-feira terem saído de casa com as respetivas mães, munidas de flores e de um cartaz colorido a apelar à paz, que tentaram depositar junto à embaixada da Ucrânia naquela cidade.

A situação foi denunciada através do Facebook por uma antropóloga, professora na Universidade Estatal Russa para as Humanidades, que, para além de relatar o sucedido, partilhou várias imagens das crianças, dentro da carrinha da polícia e na esquadra, atrás de grades.

“Foram todos detidos pela polícia, que os manteve primeiro numa carrinha e que depois os levou para a esquadra de polícia de Presnenskoye”, escreveu Alexandra Arkhipova naquela rede social esta terça-feira ao início da noite.

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“Os telefones foram retirados às mães (ou serão em breve) e os polícias estão a gritar-lhes e a ameaçar estas corajosas mães e as suas crianças, dizendo-lhes que os filhos vão ser entregues à segurança social e que elas vão perder os seus direitos parentais”, acrescentou, exortando comunidade, jornalistas e ativistas dos direitos humanos a intervir para ajudar.

Mais tarde, a professora e antropóloga atualizou a informação, dizendo que Ekaterina Zavizion e a amiga Olga Alter já tinham sido libertadas, juntamente com os filhos. “Agora irão enfrentar um julgamento em tribunal”, escreveu.

Nas fotografias e no vídeo que entretanto partilhou, também no Facebook, podem ver-se as crianças — Sofya e Liza Gladkova, de 7 e 11 anos, e Gosha, Matvey e David Petrov, de 11, 9 e 7 — assustadas e a chorar. “Que crime terrível — as crianças fizeram um cartaz!”, ironizou Alexandra Arkhipova, cujos posts, escritos em russo e em inglês, entretanto se tornaram virais em todo o mundo.

Via Twitter, Julian Röpcke, jornalista do alemão Bild, fez uma montagem e colocou, lado a lado, as imagens destas crianças e de outras, ucranianas, num abrigo em localização não nomeada. “À esquerda: crianças na Ucrânia hoje à noite. À direita: crianças na Rússia hoje à noite”, legendou. “São todas vítimas dos crimes de Putin. Vamos vencer este criminoso juntos!”

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