O jornalista ucraniano Viktor Dudar, que se juntou às forças armadas como voluntário no primeiro dia da invasão russa da Ucrânia, foi morto em combate no sul do país, anunciaram esta segunda-feira as autoridades ucranianas.

Dudar morreu perto da cidade de Mykolaiv durante combates com forças russas, disse o conselheiro do Ministério dos Assuntos Internos Anton Gerashchenko.

O jornalista trabalhava para o jornal Express, de Lviv, no oeste da Ucrânia.

A agência de notícias Interfax-Ucrânia disse que Dudar se alistou no primeiro dia da invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro, depois de já ter combatido como voluntário na região do Donbass (leste), em 2014 e 2015.

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Numa nota divulgada no seu site, o Sindicato Nacional dos Jornalistas da Ucrânia lamentou a morte de Dudar.

“O Sindicato Nacional dos Jornalistas da Ucrânia expressa as suas sinceras condolências à família e aos colegas de Viktor Dudar. É muito triste que a comunidade jornalística esteja a perder verdadeiros patriotas e profissionais, devido às ações agressivas dos ocupantes russos”, lê-se na nota.

Dudar era casado com a também jornalista Oksana Dudar e tinha uma filha.

A guerra no Donbass começou em 2014, ano em que a Rússia anexou a península ucraniana da Crimeia.

Desde então, o conflito entre separatistas pró-russos apoiados por Moscovo e o exército ucraniano causou mais de 14.000 mortos, segundo a ONU.

Ao ordenar a nova invasão da Ucrânia, o Presidente russo, Vladimir Putin, alegou tratar-se de uma “operação militar especial” para proteger as populações de origem russa no Donbass e apoiar as autoproclamadas repúblicas locais de Donetsk e Lugansk.

Após 12 dias de combates, a guerra na Ucrânia provocou um número de vítimas civis e militares ainda por determinar, e levou 1,7 milhões de pessoas a fugir para os países vizinhos.

A ONU disse que se trata da crise de refugiados com o crescimento mais rápido na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

Human Rights Watch: “A situação é dramática. Os refugiados têm de ser protegidos”