O primeiro-ministro admitiu esta tarde em Paris, onde está para uma reunião informal do Conselho, que a situação na Ucrânia terá como consequência natural o aumento de preços de alguns bens. Ainda assim, António Costa deixou a certeza de que “não haverá falta de nenhum bem essencial”.
Aos jornalistas, à chegada ao Palácio de Versalhes, António Costa afirmou que “neste momento não há nenhum cenário previsto para a escassez de bens essenciais” e que esse ponto de situação foi feito ainda esta semana: “Há reservas para assegurar que não haverá escassez”.
O que Costa já não pode garantir é que não se sinta pressão nos preços de alguns produtos. “A subida de preços é um dado adquirido e há um limite da capacidade de intervenção política sobre isso. Quando o principal país fornecedor de uma matéria prima não a produz é evidente que ela vai escassear e aumentam os preços”, apontou.
O primeiro-ministro também sublinhou o tema estará em cima da mesa na reunião de líderes europeus desta quinta-feira, com atenção particular à questão da energia, como forma de “encontrar resposta para estas escaladas”. É nessa reunião que Portugal quer ver debatida a autorização da Comissão Europeia para poder alterar, no Parlamento, a taxa do IVA, por exemplo.
Neste ponto, Costa voltou a sublinhar que o Governo “está disponível” para alterar o IVA dos combustíveis, aguardando a necessária autorização de Bruxelas.
Até onde pode ir o Governo na redução do imposto para travar escalada dos combustíveis?