“A China não é parte interessada nesta crise, nem quer que as sanções [aplicadas à Rússia] a afetem”, avisou o ministro dos Negócios Estrangeiros da China, alertando o Ocidente que irá retaliar caso isso aconteça. E acusou os EUA, também, de “injuriar” a China a respeito da alegada disponibilidade para ajudar Moscovo.

Wang Yi terá transmitido esta mensagem ao seu homólogo espanhol, José Manuel Albares, de acordo com uma mensagem colocada no site do ministério chinês que é citada pelo Financial Times.

“A China tem o direito de proteger os seus interesses e direitos legítimos”, sublinhou o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, mostrando-se preocupado que exista um impacto indireto das sanções aplicadas à Rússia que possam penalizar a economia chinesa – desde logo pelo facto de a China sem um grande importador de energia e produtos agrícolas da Rússia.

Os receios de contágio à economia chinesa estão refletidos na forte descida dos índices bolsistas na China e em Hong Kong nos últimos dias, quedas que se intensificaram com as notícias de que a China poderia estar prestes a apoiar o esforço de guerra russo. Wang Yi argumenta que são suposições que “distorcem” a realidade e têm como objetivo “injuriar” o regime chinês.

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