“Os ucranianos não conseguem falar no passado sem irromper em lágrimas”. É assim que começa a narração, feita por Volodymyr Zelensky, do novo vídeo que o presidente ucraniano publicou nas suas redes sociais, todo falado em inglês.
Num vídeo que não chega a dois minutos, sonorizado com o tom emotivo da voz do próprio Zelensky e músicas épicas a acompanhar, o início é feito de imagens de devastação: bombardeamentos, civis a fugir, crianças em ambulâncias, pais dentro dos hospitais que perguntam “porquê” (quando se ouvem frases em ucraniano aparecem legendas em inglês, o que mostra que o vídeo é pensado, também, para o público ocidental).
“Esta era a minha casa. Este era o meu amigo. Este era o meu cão. Este era o meu carro. Este era o meu carro. E este era o meu pai. Esta era a minha filha”, vai narrando Zelensky, antes de acusar: “A Rússia afogou a Ucrânia em lágrimas e sangue”.
Depois, o vídeo muda para um tom motivador, mais otimista, à medida que aparecem edifícios pintados com as cores da Ucrânia (amarelo e azul) e bandeiras do país: “Nós, ucranianos, já sabemos o que virá a seguir. Vamos ganhar. E haverá novas casas, novas cidades, novos sonhos, uma nova História. Aqueles que perdemos serão recordados”. A conclusão é otimista: “Sim, a Ucrânia era linda, mas agora vai tornar-se grande. A grande Ucrânia”.
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O vídeo mostra, mais uma vez, a aposta do lado ucraniano na comunicação, virada não só para a própria população mas dirigida também aos países ocidentais.