O selecionador Rui Jorge disse esta quinta-feira que os sub-21 portugueses de futebol esperam “manter o nível de jogo” normalmente exibido, apesar de várias mudanças na equipa que na sexta-feira defronta a Islândia, na qualificação para o Europeu2023.
“Há alguns jogadores que estão há já algum tempo connosco e esses ajudam nesta forma de pensar coletiva que temos. Os poucos treinos serviram para tentar que eles percebam a forma como queremos que joguem, a simplicidade com que queremos que joguem, a qualidade que queremos que demonstrem. Vamos esperar que, também com a inteligência deles, consigamos manter o nível de jogo que vimos apresentando há algum tempo“, considerou o técnico, antes do treino de preparação para a partida marcada para o Municipal de Portimão.
Depois de ter sido obrigado a fazer cinco alterações à convocatória inicial, Rui Jorge reconheceu que “foi uma preparação de jogo um bocadinho atípica, mas nada que não se consiga resolver“, pois os cinco “reforços” “chegaram todos bem, com enorme vontade”.
Abordando o “papel preponderante” que Vítor Ferreira, chamado por Fernando Santos à seleção principal, teve “nos últimos 21 jogos” dos sub-21, Rui Jorge acrescentou que, “agora, ele está noutro patamar, felizmente para o Vitinha e felizmente para os que vieram para o lugar dele”.
“Continuamos a ter qualidade nos nossos jogadores — eventualmente ainda não ao nível do Vitinha, senão estariam eles noutro patamar, mas temos jogadores de muita qualidade, que querem aproveitar este espaço para mostrar que a têm. Acredito que vamos continuar a demonstrar muita qualidade no nosso jogo e no nosso jogo de meio-campo, que é fundamental para o resto”, reforçou.
Questionado sobre as diferenças que espera ver em campo em relação à vitória portuguesa na Islândia (1-0), o selecionador apontou que “um dos objetivos é que [os islandeses] não consigam ter tantas oportunidades”.
Para as evitar, Portugal precisa de “ser sólido e crescer defensivamente”, melhorando a “segurança com bola”, porque, quando não é tão segura com bola, a equipa “desequilibra-se um bocadinho“.
O selecionador alertou para a capacidade atlética dos islandeses e para o perigo das bolas paradas, num relvado com pouca largura.
“Eles têm jogadores com capacidade para, no lançamento lateral, colocar a bola perto da nossa baliza, e são uma equipa, em termos de altura, bem mais alta que a nossa, em média. Essa é uma situação que me preocupa um pouco”, avisou.
A seleção portuguesa de sub-21, vice-campeã europeia no escalão, recebe a congénere islandesa na sexta-feira, a partir das 20h15, no Estádio Municipal de Portimão, visitando a Grécia no dia 29 de março, pelas 19:00 locais (17h00 em Lisboa), em Tripoli.
Portugal lidera o Grupo 4, com 15 pontos, seguido da Grécia, com 14, mas mais um jogo disputado. Islândia e Chipre dividem o terceiro posto, com sete pontos, enquanto a Bielorrússia soma seis e o Liechtenstein é o lanterna-vermelha, ainda sem pontos.