Suíça anunciou, esta sexta-feira, o reforço das sanções contra a Rússia, com mais restrições a exportações e interdição de financiamentos, mas distanciou-se da decisão da União Europeia de proibir meios de comunicação ligados ao Governo russo.
“Mesmo que estes canais sejam ferramentas de propaganda e desinformação russas, estamos convencidos de que para combater afirmações imprecisas e prejudiciais é mais eficaz colocá-los perante os factos do que proibi-los”, explicou o governo em comunicado.
Os meios de comunicação mais importantes envolvidos são a agência de notícias Sputnik e a cadeia de televisão Russia Today (RT).
No início deste mês, a União Europeia suspendeu as atividades de radiodifusão destes meios de comunicação pró-Kremlin até que “a agressão contra a Ucrânia” termine e “a Rússia e os seus meios de comunicação associados parem de realizar ações de desinformação”.
O órgão regulador dos meios de comunicação britânicos revogou, há uma semana, a licença ao canal RT para transmitir no Reino Unido.
Por outro lado, as autoridades suíças informaram que foram proibidas as exportações para a Rússia de mercadorias destinadas ao setor da energia e a prestação de serviços que lhes estão associados.
Foram igualmente proibidos empréstimos ou a concessão de outros meios financeiros às empresas que operam no setor da energia e qualquer participação direta nestas empresas.
Do lado das importações, os produtos siderúrgicos da Rússia deixarão de poder entrar na Suíça e estão proibidas as vendas a esse país de bens de luxo e de componentes utilizados para a navegação marítima.