No fim de semana, quando Louis Van Gaal anunciou que tinha sido diagnosticado com um agressivo cancro na próstata e que já tinha começado os tratamentos de radioterapia, o treinador deixou desde logo uma ressalva: iria levar a seleção dos Países Baixos ao Qatar, ao Campeonato do Mundo, e não iria deixar o cargo até então. O pós-Mundial, porém, começou esta quarta-feira.
A Federação neerlandesa anunciou que Ronald Koeman, treinador do Barcelona até outubro do ano passado, vai substituir Van Gaal como selecionador dos Países Baixos depois do Campeonato do Mundo. “Estou ansioso por esta nova colaboração. Quando deixei a seleção há pouco mais de ano e meio, certamente não foi por não estar satisfeito. A minha passagem foi boa, os resultados foram bons e o clique com os jogadores foi bom. Vamos continuar esse caminho em breve, isso é certo”, disse o técnico, citado pelo comunicado oficial divulgado pelo organismo que regula o futebol do país.
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— OnsOranje (@OnsOranje) April 6, 2022
Ronald Koeman regressa a um cargo que ocupou recentemente. O treinador foi selecionador dos Países Baixos de fevereiro de 2018 a agosto de 2020, altura em que aceitou o desafio de orientar o Barcelona, e nesse período chegou à final da Liga das Nações (onde perdeu com Portugal no Dragão) e apurou a seleção para o Euro 2020 depois de ausências no Euro 2016 e no Mundial 2018.
“Não quis esperar muito para resolver o tema da sucessão de Louis Van Gaal. Afinal, a mudança no comando técnico vai acontecer num momento atípico, no fim do ano civil, um período em que os treinadores de topo estão normalmente sob contrato. Por isso, a meio de janeiro, decidimos contratar o Ronald, que estava disponível. Chegamos a acordo depois de algumas conversas. Estamos muito felizes com este regresso. Durante o período anterior enquanto selecionador, houve grande satisfação com o trabalho desenvolvido e com os resultados”, disse Marianne van Leeuwen, a responsável pelo futebol na Federação neerlandesa.
Ronald Koeman, que assinou contrato até 2026, assume assim mais um desafio numa carreira de treinador que já tem mais de duas décadas: já orientou Vitesse, Ajax, Benfica, PSV, Valencia, AZ Alkmaar, Feyenoord, Southampton, Everton, Barcelona e Países Baixos.