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Mapa da guerra. O que se sabe sobre o 43.º dia do conflito na Ucrânia

Este artigo tem mais de 1 ano

A Rússia foi suspensa do Conselho dos Direitos Humanos da ONU. O porta-voz do Kremlin admitiu que a Rússia sofreu “perdas significativas de tropas” e afirmou que Bucha foi “uma situação bem encenada".

UKRAINE RUSSIA CRISIS
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Guerra na Ucrânia já dura há praticamente um mês e meio

Los Angeles Times via Getty Imag

Guerra na Ucrânia já dura há praticamente um mês e meio

Los Angeles Times via Getty Imag

A guerra na Ucrânia entra esta quinta-feira no 43.º dia, com o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, reunido em Bruxelas com o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg. Os ministros da aliança militar estão reunidos na sede da NATO para debater a ajuda militar à Ucrânia e do Reino Unido já chega a notícia da possibilidade de envio de veículos blindados para a Ucrânia.

O dia foi marcado pela suspensão da Rússia do Conselho dos Direitos Humanos da ONU, com 93 votos a favor. Também nesta quinta-feira, o porta-voz do Kremlin admitiu que a Rússia já sofreu “perdas significativas de tropas” e defendeu novamente que o massacre de Bucha foi uma encenação.

No mapa ucraniano, que o Observador atualiza diariamente com as movimentações da guerra, é possível verificar que a Rússia está a concentrar os seus esforços militares na região de Donbass (no leste do país) e no sul da Ucrânia, na região contígua à Crimeia. A norte, onde a Rússia chegou a controlar uma boa parte da região em torno da capital, Kiev, a resistência ucraniana já conseguiu repelir grande parte da presença russa.

Atualizado a 7 de abril

ANA MARTINGO/OBSERVADOR'

Aqui fica um ponto de situação para ficar a par do que aconteceu nas últimas horas. Pode também seguir os desenvolvimentos, minuto a minuto, no liveblog do Observador, aqui.

O que aconteceu durante a tarde e a noite?

  • A Rússia foi suspensa do Conselho dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas. Um total de 89 países votaram a favor da resolução da Assembleia das Nações Unidas que ditava a expulsão do país daquele órgão (entre os quais Portugal). 24 países votaram contra e 58 abstiveram-se. A China foi um dos votos contra.

Assembleia-Geral une-se e suspende Rússia do Conselho dos Direitos Humanos da ONU

  • A votação foi contestada pela Rússia, que a considerou “ilegal” e “politicamente motivada”. A CNN avança que, antes da votação, alguns países receberam notas da Rússia, com ameaças de “consequências” para os que votassem a favor de suspender Moscovo do conselho.
  • O porta-voz do Kremlin deu uma entrevista à Sky News em que admitiu que a Rússia sofreu “perdas significativas de tropas” durante a guerra na Ucrânia. Sobre o massacre em Bucha, Dmitry Peskov afirmou que foi uma “uma situação bem encenada”, negando que as forças russas alguma vez tenham atingido civis.

Kremlin insiste na tese. Bucha foi “uma situação bem encenada”

  • As tropas ucranianas encontraram 26 corpos no meio das ruínas de um edifício destruído após um bombardeamento em Borodyanka.
  • O governador de Kharkiv, Oleh Synehubov, disse que uma pessoa morreu, e outras 14 ficaram feridas, na sequência de um bombardeamento na cidade.
  • A Finlândia e a Suécia deverão candidatar-se à NATO, no máximo até final de maio, anunciou o ex-primeiro-ministro e ex-ministro dos Negócios Estrangeiros finlandês, Alexander Stubb.

Por causa da ameaça russa, Finlândia e Suécia deverão candidatar-se à NATO “nas próximas semanas”

  • O Presidente da Ucrânia falou ao parlamento do Chipre, a quem pediu que seja proibido o acesso à navegação de navios russos e que acabe com os “privilégios” concedidos a cidadãos da Rússia.
  • Em mais um vídeo, Volodymyr Zelensky alerta que a Rússia se prepara para uma “resposta em espelho” ao que se passou em Bucha, em que vai tentar fazer parecer que a morte de civis em Mariupol foi causada pelo próprio exército ucraniano.

Zelensky diz que Rússia planeia usar corpos em Mariupol como “adereços de propaganda. A ideia é culpar a Ucrânia pela morte de civis

  • O grupo dos G7 (EUA, Canadá, Itália, França, Alemanha, Reino Unido e Japão) anunciou que vai impor novas sanções à Rússia.
  • A União Europeia aprovou um embargo ao carvão russo.
  • Há um novo balanço da agência da ONU para os refugiados: mais de 4,3 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia desde o início da invasão russa, o que representa o maior fluxo de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial.
  • O ministro dos Negócios Estrangeiros da Irlanda anunciou que dois diplomatas irlandeses foram expulsos de Moscovo.

O que aconteceu durante a manhã e início da tarde?

  • A assembleia-geral das Nações Unidas está esta tarde a debater expulsão da Rússia do Conselho dos Direitos Humanos da ONU. Coreia do Norte e Venezuela já anunciaram que vão votar contra a expulsão. São necessários dois terços de votos a favor para que a resolução se concretize.
  • Foi anunciado um encontro para amanhã, 8 de abril, entre o Presidente da Ucrânia e a Presidente da Comissão Europeia, em Kiev.
  • O anúncio do encontro surge numa altura em que o alto representante da União Europeia para a Política Externa e Segurança, Josep Borrell, defendeu que a Ucrânia precisa de “menos aplausos e de mais armas” e apelou a mais sanções contra a Rússia incluindo petróleo.
  • O ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, garantiu que Portugal vai “corresponder ao pedido” da Ucrânia, “nomeadamente em termos de envio de mais armamento e munições”.
  • Os serviços secretos da Alemanha intercetaram e gravaram conversas entre soldados russos a discutirem a morte de civis na cidade ucraniana Bucha. Os dados obtidos nestas gravações foram apresentados pelos Serviços Federais de Inteligência da Alemanha ao parlamento.
  • A Austrália anunciou novas sanções, desta vez contra 67 cidadãos russos, incluindo oligarcas e pessoas próximas de Vladimir Putin. A ministra australiana dos Negócios Estrangeiros anunciou também que o país vai enviar mais armas letais para a Ucrânia.
  • Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos países do G7 condenaram as “atrocidades” cometidas pelas forças armadas russas na Ucrânia dizendo que os culpados serão responsabilizados.
  • O Presidente ucraniano dirigiu-se a mais um parlamento europeu. Desta vez, Volodymyr Zelensky falou aos deputados gregos, a quem pediu que garantam que a Rússia responde perante a justiça internacional pelos crimes de guerra que está a cometer na Ucrânia.
  • A Ucrânia revelou uma nova atualização do número de baixas do exército russo: dizem que morreram 18.900 soldados desde o início da guerra.
  • O autarca de Mariupol indicou que mais de 100 mil pessoas ainda precisam de ser retiradas com urgência da cidade. O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, também falou hoje de Mariupol, dizendo que o massacre em Bucha é apenas “a ponta do iceberg” e que a situação em Mariupol é “muito pior em todos os sentidos”.
  • Kuleba alertou ainda que “a batalha que vai decorrer na região do Donbass vai fazer lembrar a Segunda Guerra Mundial”.
  • O secretário-geral da NATO voltou a garantir que a aliança vai “fortalecer” o apoio à Ucrânia, incluindo através de ajuda humanitária e financeira. Jens Stoltenberg alertou ainda para a possibilidade de a guerra na Ucrânia vir a durar meses ou anos.
  • O autarca de Dnipro, Borys Filatov, pediu que mulheres, crianças e idosos saiam da região porque acredita que os combates com a Rússia se vão intensificar.
  • O Roskomnadzor, regulador das comunicações na Rússia, afirmou que vai adotar medidas punitivas contra a Google, incluindo uma proibição de anúncios por parte da plataforma. Em causa está o Youtube, que bloqueou o acesso aos principais meios de comunicação russos e que é acusado de “espalhar imagens falsas sobre a operação militar no território ucraniano”.
  • O Spotify anunciou em comunicado que vai deixar de funcionar na Rússia a 11 de abril.

O que aconteceu durante a noite e a manhã?

  • O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, esteve esta manhã em Bruxelas para uma reunião com o secretário-geral da NATO na sede da aliança militar. “Há apenas três coisas de que precisamos: armas, armas, armas”, pediu;
  • À entrada para a reunião, Jens Stoltenberg, o secretário-geral da NATO, diz que “a Ucrânia tem o direito de se defender”;
  • A Ucrânia diz que as forças armadas russas estão a mobilizar jovens na reserva de recrutamento para compensar as perdas militares em combate. Moscovo está a convocar os jovens sob pretexto de exercícios militares;
  • O jornal britânico The Times avança que o Reino Unido está a planear enviar veículos blindados para a Ucrânia;
  • As forças armadas russas continuam a controlar a cidade de Energodar, no sul da Ucrânia, na região onde se situa a central nuclear de Zaporíjia. Ali, os russos fizeram eleger um autoproclamado Conselho de Auto-Organização Pública, em substituição da autarquia local, indiciando como os russos estão a promover alterações políticas no território que ocupam;
  • O governo ucraniano quer abrir esta quinta-feira dez corredores humanitários para retirar civis das áreas mais afetadas pela guerra, incluindo Mariupol;
  • Onze corpos de civis foram encontrados numa garagem em Gostomel, nos arredores de Kiev, recuperada esta semana pelas forças ucranianas;
  • Em Washington, o Pentágono acredita que a Ucrânia pode, “sem dúvida”, ganhar a guerra contra a Rússia. A declaração é de John Kirby, porta-voz do Pentágono, que na quarta-feira à noite afirmou que Putin “alcançou exatamente zero dos seus objetivos estratégicos dentro da Ucrânia”;
  • A vice-secretária de Estado dos EUA, Wendy Sherman, diz que as sanções ocidentais contra a Rússia devem servir de exemplo à China e dar a Pequim um “bom entendimento” das consequências que uma eventual entrega de armas à Rússia poderá ter;
  • A Áustria anunciou a expulsão de quatro diplomatas russos por atividades contrárias ao seu estatuto diplomático, juntando-se a um conjunto de países europeus (incluindo Portugal) que estão a tomar medidas semelhantes;
  • Da ONU chegou um aviso: o aumento da intensidade dos combates, dos bombardeamentos e dos confrontos na região de Donbass, no leste da Ucrânia, e também na região sul do país, está a impedir que a ajuda humanitária chegue aos mais afetados pela guerra;
  • O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse num discurso na noite de quarta-feira que as sanções ocidentais à Rússia ainda não são suficientes para travar o financiamento da máquina de guerra de Moscovo e apelou ao Ocidente para que acelere as sanções contra o petróleo russo;
  • Também na quarta-feira, numa entrevista a um canal de televisão turco, Zelensky acusou a Rússia de bloquear os corredores humanitários para Mariupol e de esconder milhares de corpos na cidade, para que “o mundo não veja” os horrores praticados pelas forças russas.

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