Desde que voltou aos seniores masculinos da modalidade, em 2019/20, apenas por uma vez o Sporting teve duas derrotas consecutivas no Campeonato e na última temporada, quando esteve a perder a final do playoff por 2-1 frente ao FC Porto antes de conseguir a reviravolta para o título. Agora, com Travante Williams de fora e Tanner Omlid a juntar-se depois ao leque de lesionados, chegava a novo clássico com os dragões com uma série de dois desaires consecutivos com Benfica e Oliveirense, já depois de ter perdido também com os encarnados na penúltima jornada da fase regular. Quatro jogos, três derrotas, um desafio no clássico.

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“Temos de ser muito competitivos para vencermos. O FC Porto tem um novo estrangeiro numa posição mais interior [Mike Morrison] e revela mudanças na forma como joga. Estamos a adaptar as nossas características defensivas tendo isso em conta e vamos ter de ver o que o jogo nos dá para alterarmos, ou não, o plano definido. Desgaste? É verdade que já temos muitos jogos em cima e que as viagens ao longo destes últimos meses não ajudaram muito mas como profissionais preparamo-nos todos os dias da melhor forma para que cada jogo seja enfrentado com a maior competitividade possível. Amanhã [quarta-feira] é outro jogo, diferente dos três que já fizemos contra o FC Porto, e queremos focar-nos nisso”, destacara na antevisão ao encontro no Pavilhão João Rocha António Paulo, técnico adjunto do conjunto verde e branco.

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Do outro lado, os dragões vinham também de um desaire na Luz frente ao Benfica que quebrou uma série de 12 triunfos consecutivos na Liga e estavam “obrigados” a voltar também aos triunfos sob pena de verem a liderança dos encarnados ficar demasiado longe antes da fase do playoff e da vantagem do fator casa. “Sabemos que vai ser um jogo difícil mas sentimos que é possível regressar às vitórias. Vamos ter três jogos difíceis fora contra as melhores equipas do Campeonato e estamos numa fase decisiva da época em que todos os jogos são de um grau de dificuldade elevadíssimo. Continuamos a trabalhar para conseguirmos o maior número de vitórias nestes jogos fora de casa. Ter o fator casa no playoff não é decisivo mas sentimos que é muito importante”, comentara antes do jogo João Soares, internacional dos azuis e brancos.

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A margem de erro era quase nula para os dois conjuntos, naquele que era o quarto clássico da temporada com dois triunfos do FC Porto na Liga (78-72 fora, 66-59 em casa) e uma vitória do Sporting nas meias-finais da Taça Hugo dos Santos (82-76). E confirmou-se sobretudo a queda livre dos leões nesta fase da época sem contarem com Travante Williams e Tanner Omlid (e com Micah Downs a sair também lesionado), sofrendo a terceira derrota seguida frente a um conjunto azul e branco que foi sempre mais equipa e que conseguiu superar da melhor forma a exclusão por faltas técnicas de Mike Morrison para vencer por 76-66. Com isso, o Benfica isolou-se mais na liderança da Liga, ao passo que o FC Porto colou-se ao Sporting em segundo.

Os dragões entraram na partida logo com um parcial de 5-0, chegaram a ter uma vantagem de oito pontos na partida (16-8) mas permitiram ainda uma pequena recuperação dos leões nos instantes finais do primeiro período, que terminou com o jogo apenas por dois pontos (20-18). No entanto, o recomeço da partida voltou a trazer a melhor versão azul e branca no clássico, com uma defesa agressiva que condicionava as poucas alternativas ofensivas dos visitados em Travante e Omlid e de novo com bons índices no tiro exterior antes de nova reação leonina nos derradeiros minutos que levou o jogo para intervalo com 36-35 (a primeira vantagem do Sporting ao longo de 20 minutos da partida) e com Morrisson excluído com duas faltas técnicas que poderiam condicionar a estratégia do técnico forasteiro Moncho López para a segunda parte.

Poderiam mas não condicionaram: depois de mais uma entrada forte no jogo, o FC Porto voltou para a frente do marcador, foi anulando as recuperações parciais do Sporting e terminou o terceiro parcial com a máxima vantagem da segunda parte de sete pontos, cinco alcançados nos últimos 20 segundos (57-50). Os leões voltaram depois a encostar a uma posse de diferença mas a lesão de Micah Downs e uma série de ataques mal gizados e sem pontos deram o balanço final para os azuis e brancos selarem o triunfo por 76-66.