A nova Smart, agora pertença da joint venture criada entre a Geely e a Mercedes, está irreconhecível. Para começar, o #1 – assim se denomina o primeiro modelo do renovado construtor – assume-se como um SUV, uma solução mais de acordo com a moda actual, sendo maior e mais espaçoso, além de usufruir de uma plataforma especificamente concebida para veículos a bateria. Como se isto não bastasse para se diferenciar da estratégia anterior, tudo indica estar já a ser desenvolvida uma versão desportiva deste #1, com mais de quatro centenas de cavalos.
Da China, onde os novos Smart serão fabricados e exportados para a Europa, chegam-nos imagens de uma versão diferente do #1, com mais e maiores entradas de ar, destinadas certamente a refrigerar uma mecânica mais potente, que exerce um esforço superior sobre o pack de baterias, incrementando a tendência para aquecer. As fotos foram partilhadas por Jason Ferrari, um utilizador da Weibo, uma espécie de Facebook chinês, e confirmam a existência de um #1 com admissões de ar no capot frontal e uma maior à frente, no pára-choques, além de apontamentos em vermelho noutras zonas da carroçaria. As imagens registadas por este utilizador da rede social chinesa deixam ainda ver jantes mais abertas, que expõem discos de maiores dimensões e maxilas mais generosas e em vermelho, compatíveis com uma versão desportiva.
A Smart sempre ofereceu versões mais “assanhadas” dos seus modelos, que denominava Brabus, mas cujas diferenças em relação às versões convencionais eram menores, com o motor de 898 cc a ganhar somente 19 cv (passando de 90 para 109 cv) e as alterações para justificar o preço superior eram meramente estéticas. O novo Smart #1 desportivo troca o motor de 272 cv, colocado no eixo traseiro, por duas unidades, uma em cada eixo, que totalizam cerca de 406 cv, de acordo com as informações avançadas pela Car News China.
A plataforma sobre a qual o Smart foi concebido, a SEA (Sustainable Electric Architecture), que a Geely utiliza noutros modelos, permite a instalação de um pack de baterias com a capacidade de 66 kWh. Resta saber se, para uma versão mais exigente sob o ponto de vista energético, como é o caso desta desportiva, o chassi do #1 pode acomodar uma capacidade superior, de forma a manter a autonomia acima dos 400 km, como acontece na versão com apenas um motor, que se vai poder encomendar a partir de Setembro.
Este Smart desportivo promete ser o mais potente e rápido da história da marca e não apenas desde que trocou os motores de combustão por eléctricos, alimentados por bateria. Esta opção vem confirmar que o construtor não se irá satisfazer em oferecer apenas modelos para quem deseja um veículo diferente, muito pequeno e barato, mas sim disponibilizar um veículo prático, versátil e com a capacidade de ser emocionante, especialmente para quem opte pela versão desportiva do #1.