Vladimir Putin condecorou, esta segunda-feira, a 64.ª brigada do exército russo, acusada de cometer o massacre em Bucha. O Presidente russo elogiou o seu “heroísmo gigantesco”, bem como a sua “coragem, resistência e resiliência”.

Numa nota divulgada pelo Kremlin, Vladimir Putin saudou as operações de combate da brigada, que “protegeram a pátria e os interesses do Estado” em condições difíceis, nas quais se desenrola um “conflito armado”.

A Rússia nunca reconheceu a autoria do massacre em Bucha, do qual resultaram mais de 400 vítimas mortais, alegando que se tinha tratado de uma “encenação” por parte da Ucrânia e dos países do Ocidente. O Presidente bielorrusso e aliado de Putin, Alexander Lukashenko, chegou mesmo a dizer que foram os soldados britânicos a “encenar” as imagens que mostram valas comuns e pessoas mortas na rua com as mãos atadas atrás das costas.

Vários líderes do Ocidente, incluindo Ursula von der Leyen e Josep Borrell — altos responsáveis da Comissão Europeia —, visitaram o local. O Presidente ucraniano, Volodomyr Zelensky, acredita que o aconteceu em Bucha foi um “genocídio”, enquanto o seu homólogo, norte-americano, denunciou “crimes de guerra de larga escala” que tiveram lugar na cidade.

Volodomyr Zelensky também convidou, este fim de semana, Emmanuel Macron a visitar Bucha, após o Presidente francês ter recusado classificar como “genocídio” o que se passa na generalidade do território ucraniano.

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