Vladimir Putin condecorou, esta segunda-feira, a 64.ª brigada do exército russo, acusada de cometer o massacre em Bucha. O Presidente russo elogiou o seu “heroísmo gigantesco”, bem como a sua “coragem, resistência e resiliência”.
Numa nota divulgada pelo Kremlin, Vladimir Putin saudou as operações de combate da brigada, que “protegeram a pátria e os interesses do Estado” em condições difíceis, nas quais se desenrola um “conflito armado”.
Putin gave the title of "Guards" to the 64th Independent Motorized Rifle Brigade.
It was this brigade that committed genocide in Bucha, according to the Ministry of Defense GUR.#ukraine #poland #russia #breakingnews #breaking #war #ukrainewar #Krieg #Polska pic.twitter.com/2N1h8DcetA
— Mateusz Sobieraj (@MateuszSobiera3) April 18, 2022
A Rússia nunca reconheceu a autoria do massacre em Bucha, do qual resultaram mais de 400 vítimas mortais, alegando que se tinha tratado de uma “encenação” por parte da Ucrânia e dos países do Ocidente. O Presidente bielorrusso e aliado de Putin, Alexander Lukashenko, chegou mesmo a dizer que foram os soldados britânicos a “encenar” as imagens que mostram valas comuns e pessoas mortas na rua com as mãos atadas atrás das costas.
Vários líderes do Ocidente, incluindo Ursula von der Leyen e Josep Borrell — altos responsáveis da Comissão Europeia —, visitaram o local. O Presidente ucraniano, Volodomyr Zelensky, acredita que o aconteceu em Bucha foi um “genocídio”, enquanto o seu homólogo, norte-americano, denunciou “crimes de guerra de larga escala” que tiveram lugar na cidade.
Volodomyr Zelensky também convidou, este fim de semana, Emmanuel Macron a visitar Bucha, após o Presidente francês ter recusado classificar como “genocídio” o que se passa na generalidade do território ucraniano.