A ministra da Defesa Nacional considerou, esta quarta-feira, que Portugal tem dado o apoio solicitado e possível à Ucrânia na reação contra a invasão russa e assegurou que continuará a fazê-lo.
Helena Carreiras, que falava aos jornalistas no final de uma visita à Marinha Portuguesa, na Base Naval de Lisboa, assinalou que Portugal tem prestado apoio desde o primeiro momento.
Questionada sobre as expectativas relativas à intervenção do Presidente ucraniano na Assembleia da República, na quinta-feira, a ministra disse que Volodymyr Zelensky deverá procurar, como o tem feito, a ajuda e o apoio dos aliados.
O chefe de Estado ucraniano, antecipou Helena Carreiras, deverá também dar testemunho da experiência, necessidades e do drama que se vive na Ucrânia.
Segundo a ministra da Defesa Nacional, Portugal já disponibilizou 170 toneladas de material, equipamento militar e médico além de ter capacidade para receber até 40 feridos no Hospital das Forças Armadas e 300 pessoas em acolhimento inicial de refugiados em instalações militares.
“Há um conjunto variado de possibilidades de apoio que procuraremos continuar a assegurar na medida das nossas possibilidades que, tal como noutros países, não é infinita”, declarou.
A visita oficial da ministra e do secretário de Estado da Defesa Nacional, Marco Capitão Ferreira, surgiu a convite do Chefe do Estado-Maior da Armada e Autoridade Marítima Nacional, almirante Henrique Gouveia e Melo e ocorre um dia depois de a governante ter visitado o Campo Militar de Santa Margarida, em Constância (Santarém), do Exército português.
A próxima visita, ainda não agendada, será à Força Aérea Portuguesa com o objetivo de conhecer melhor as forças armadas portuguesas.
“Ter este contacto direto é uma condição fundamental para podermos trabalhar em conjunto nesta missão de melhorar e reforçar a defesa de Portugal e de todos os portugueses”, disse.
Após uma visita à fragata NRP Corte Real, a ministra dirigiu-se à guarnição do navio referindo que é seu objetivo conhecer melhor as forças armadas, por considerar que só assim existe capacidade para decidir, projetar e definir o futuro.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou quase dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A guerra causou a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, mais de cinco milhões das quais para os países vizinhos.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.