Yuriy Glodan vivia em Odessa com a mulher e a filha de três meses. No sábado, saiu de casa para ir às compras e foi surpreendido pelo som de uma explosão. Quando regressou, encontrou o prédio em chamas. Pediu à polícia que o deixasse subir, para tentar salvar a família. Foi ele que encontrou a mulher e a bebé, os dois sem vida.

“Estávamos tão felizes quando ela nasceu. Estava na maternidade quando ela deu à luz. É muito difícil para mim pensar que a minha filha e a minha mulher já não estão aqui. Todo o meu mundo foi destruído por um míssil russo.” As palavras são do pai de Kira, em declarações à BBC, que só não terá morrido por ter saído antes de o míssil atingir o prédio onde moravam.

Nas redes sociais, as páginas do parlamento ucraniano partilharam a história e a fotografia da bebé, com a seguinte frase: “A Rússia é um país terrorista. Nunca iremos perdoar nem esquecer. Descansem em paz, nossos anjos”.

Além da mulher, com quem tinha uma relação há nove anos, e da filha bebé, também a mãe da mulher foi vitimada pelo ataque.

Numa estação de metro, com dezenas de jornalistas, Zelensky destemido na primeira conferência de imprensa. “Não tenho direito de ter medo”

O caso foi tornado público pelo Presidente da Ucrânia, durante uma conferência de imprensa em que contou que tinha morrido um bebé de três meses devido a um ataque russo. “Eles mataram um bebé de três meses. A guerra começou quando este bebé tinha apenas um mês de idade. Conseguem sequer imaginar o que está a acontecer aqui? São escumalha imunda. Não tenho outras palavras para usar neste contexto”, disse.

No ataque em Odessa, no sul da Ucrânia, em que sete mísseis atingiram a região no sábado, morreram oito pessoas e 18 ficaram feridas.

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