O Presidente polaco, Andrzej Duda, disse nesta quarta-feira que o seu país acolheu “tranquilamente” o corte de gás natural russo e anunciou que as empresas afetadas pela “violação de contratos” agirão judicialmente contra a Rússia.

“Recebemos a notícia (da interrupção do fornecimento) com tranquilidade”, explicou Duda, de visita a Praga, onde se encontrou como o seu homólogo da República Checa, Milos Zeman.

A empresa estatal russa Gazprom anunciou que cortou o fornecimento de gás à Polónia e à Bulgária, por estes países não pagarem as faturas em rublos, como exige Moscovo em resposta às sanções ocidentais.

“Posso garantir aos meus compatriotas que usam gás para aquecimento, ou para cozinhar, que a situação de ficarem sem gás não vai acontecer”, disse o Presidente polaco.

Duda aludiu ainda ao facto de o problema do corte de abastecimento dever ser resolvido “no quadro da cooperação na União Europeia (UE), onde funcionam as interligações”, sublinhando que as empresas de energia polacas irão acionar “medidas legais contra a violação de contratos pela Rússia”.

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Duda reiterou também a intenção de o seu país acabar com a dependência dos combustíveis fósseis russos, tanto petróleo como gás.

“Esperamos poder terminar o gasoduto que liga a Noruega à Polónia”, explicou o Presidente polaco.

Durante a sua visita à capital checa, Duda criticou a falta de ajuda de Bruxelas para financiar a crise dos refugiados ucranianos, dos quais três milhões atravessaram a fronteira com a Polónia e dois milhões permanecem naquele país.

“Devemos receber ajuda da UE para financiar as necessidades. É incompreensível que essa ajuda não seja fornecida aos nossos países”, disse o líder polaco.