O candidato à liderança do PSD Jorge Moreira da Silva defendeu este domingo o alargamento da “segurança e proteção do emprego” a mais trabalhadores, preconizando novas políticas públicas na Educação e criticando a prevalência de contratos a prazo.

Defendo uma regulação do mercado de trabalho que alargue a mais trabalhadores a segurança e proteção do emprego e que promova a capacidade empreendedora e a competitividade das empresas”, escreveu o candidato numa mensagem colocada no Twitter.

https://twitter.com/jmoreiradasilva/status/1520866647606706176

“Não é aceitável que se continue a assistir a uma dualidade e segmentação do mercado de trabalho, remetendo muitos trabalhadores, em especial jovens, para uma sucessão de contratos a termo”, acrescenta Jorge Moreira da Silva no texto.

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O candidato à presidência do PSD lembrou que “mais de dois terços dos nascidos na década de 90 têm contratos a prazo, mais do triplo das gerações anteriores” e apontou que “também não é aceitável que, por falta de confiança no funcionamento do mercado de trabalho, as empresas não invistam suficientemente nos contratos sem termos e na formação profissional”.

O texto, colocado no dia em que se assinala o Dia do Trabalhador, defende que Portugal precisa de “lançar uma nova geração de políticas públicas na educação, preparando as crianças para exercer profissões que, em 65% dos casos, ainda não foram inventadas e para o desenvolvimento da criatividade e do pensamento crítico”.

Na mensagem, Jorge Moreira da Silva termina dizendo: “Temos de nos preparar para regular o futuro do trabalho, mas também para liderar na criação dos empregos do futuro”.

Já este domingo, o outro candidato à liderança do PSD, Luís Montenegro, tinha também assinalado o 1.º de Maio, com uma mensagem crítica da atuação do Governo na área laboral.

Montenegro responde a Moreira da Silva. “Perdoar PCP? Vamos por um mau caminho”

“Este é um ano de grandes dificuldades e grandes desafios também. Dificuldades, porque estamos com uma taxa de inflação muito grande, galopante mesmo, e os salários estão muito longe de acompanhar essa subida”, apontou.

O antigo líder parlamentar social-democrata afirmou que “os portugueses estão a perder poder de compra e vão sofrer muito nas sua vidas”, incluindo no acesso a bens essenciais, ao cabaz alimentar, à eletricidade e aos combustíveis.

As eleições diretas que irão escolher o próximo presidente do PSD realizam-se em 28 de maio e são candidatos já anunciados Luís Montenegro e o antigo vice-presidente e ministro do Ambiente Jorge Moreira da Silva.

O Dia do Trabalhador comemorou-se este domingo por todo o país, sem as restrições que vigoraram nos últimos dois anos devido à pandemia de Covid-19, com a CGTP a promover iniciativas em mais de 31 localidades do país e a UGT um debate sobre os desafios do mundo laboral, em Lisboa.

O 1.º de Maio, Dia Internacional do Trabalhador, teve origem nos acontecimentos de Chicago de há 136 anos, quando se realizou uma jornada de luta pela redução do horário de trabalho para as oito horas, que foi reprimida com violência pelas autoridades dos Estados Unidos da América, que mataram dezenas de trabalhadores e condenaram à forca quatro dirigentes sindicais.