Perugia, cidade italiana que é a capital da Umbria, a 160 km a norte de Roma, está repleta de história, mas foi agitada a 16 de Abril por um aparatoso acidente. As autoridades ainda estão a investigar por que razão, sem motivo aparente, um autocarro a gás natural começou a arder, (felizmente) quando circulava sem passageiros e apenas com o condutor a bordo.
Os autocarros a gás natural comprimido montam motores que derivam das unidades a gasolina, mas adaptados à queima deste gás, outro dos combustíveis fósseis. O motivo que levou muitas cidades e países a apostarem no gás natural prende-se com o facto de este ser mais limpo do que a gasolina, o gasóleo ou até o gás de petróleo liquefeito (GPL), emitindo menos enxofre, óxidos de azoto e CO2. Mas é bom ter presente que aqui “menos” não é sinónimo de “nada”, antes pelo contrário.
Curiosamente, as primeiras notícias do incidente relataram que o autocarro era eléctrico e alimentado por baterias, afirmando que teriam sido estas que pegaram fogo. Sucede que os acumuladores não são instalados no tejadilho e o veículo em causa montava um motor de combustão a gás natural. O vídeo mostra o gás já a arder a sair dos depósitos sob pressão, esses sim instalados sobre o tejadilho.
Apesar de estarem a libertar o gás contido nos depósitos, as labaredas incrementam ainda mais a temperatura dos outros tanques, o que provoca chamas mais violentas, até que todo o autocarro é consumido.
Este episódio faz lembrar um outro acidente com um veículo similar que teve lugar em 2019, num túnel em Estocolmo, a capital da Suécia. O vídeo que publicamos abaixo é a conclusão do inquérito realizado pelas autoridades nórdicas, que determinou que o autocarro em questão era demasiado alto para entrar no túnel e que a explosão deflagrou quando os depósitos de gás foram esmagados contra o tecto do túnel de Klara.