O contacto com uma espécie alienígena avançada, caso esta exista, deverá demorar a ocorrer entre dois mil e 400 mil anos, segundo cálculos apresentados num estudo efetuado por cientistas da Universidade de Pequim. Para desgosto dos fãs de “Star Trek” ou de “Battlestar Galactica”, ainda que os extraterrestres existam, o ser humano poderá nunca conhecer nenhum alien. Isto porque, segundo a Teoria do Juízo Final, as civilizações inteligentes podem estar à partida condenadas por guerras, aniquilações, alterações climáticas e impactos de asteroides no seu planeta.

Enquanto a única civilização inteligente avançada, um dos maiores mistérios para os humanos é se a nossa existência é única”, escreveram os autores do estudo publicado no The Astrophysical Journal, no dia 4 de abril, Wenjie Song e He Gao, que apresentaram uma explicação para a falta de resposta extraterrestre: “A razão para não termos recebido um sinal [de vida] é que o período de vida da comunicação humana não é, atualmente, grande o suficiente.”

Para chegarem às conclusões apresentadas, os cientistas basearam-se em dois parâmetros. O primeiro é a quantidade de planetas terrestres que podem ser habitáveis e a probabilidade que os mesmos tenham uma forma de vida que evolua para uma civilização. O segundo é o período de vida de uma estrela que é exigido para a formação de vida.

Através destas variáveis, os cientistas chegaram então ao intervalo temporal que, na melhor das hipóteses, separa a atual geração tanto de extraterrestres como de Jesus Cristo. Com a Teoria do Juízo Final, a civilização humana pode, como já foi referido, nunca entrar em contacto com vida alienígena. Os autores do estudo vão mais longe e não descartam a hipótese de que nenhuma das 111 possíveis civilizações na Via Láctea — a quantidade estimada no pior cenário, sendo que no melhor serão 42 mil civilizações — se cruzem algum dia, cada uma destinada a desaparecer antes de conhecer a outra.

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