O Benfica voltou a confirmar o favoritismo teórico na Taça de Portugal, derrotando nas meias-finais o V. Guimarães por claros 89-70, o Sporting voltou a confirmar a recuperação após uma fase menos conseguida da época na Taça de Portugal, batendo nas meias-finais o FC Porto por 66-58. A decisão da prova rainha da modalidade teria mais um dérbi entre velhos rivais, o quinto no jogo decisivo da competição com vantagem para os encarnados com três triunfos contra apenas um dos verde e brancos. E, em vésperas de arranque dos playoffs, ambos os conjuntos teriam algo para provar e/ou mostrar em Albufeira.

A terceira consecutiva, pela segunda vez na história: Sporting vence FC Porto e volta à final da Taça de Portugal

Do lado dos encarnados, a equipa liderada por Norberto Alves tentava quebrar um jejum de cinco anos sem títulos ao mesmo tempo que mostrava aquela que está a ser a melhor fase da temporada e que valeu em paralelo a vitória na segunda fase da Liga para ganhar a vantagem do fator caso no playoff. Ainda assim, havia um outro objetivo paralelo: mostrar que a quebra da série de derrotas com os leões teve mais mérito próprio do que demérito do adversário, com várias lesões de elementos importantes nessa fase.

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Da parte dos leões, a formação de Luís Magalhães tinha como meta ganhar pela primeira vez na história do clube três Taças de Portugal consecutivas (2020 com FC Porto, 2021 com Imortal) após ter ficado apenas em terceiro na segunda fase da Liga, atrás de Benfica e FC Porto. Mas existia algo mais: comprovar que os últimos dois meses de competição foram demasiado afetados pelas ausências de jogadores como Travante Williams, Tanner Omlid ou Micah Downs e que a série de dez triunfos consecutivos em dérbis frente aos encarnados em jogo oficiais entre 2020 e 2022 não tinha sido uma mera obra do acaso.

No final, num encontro muito equilibrado, com vantagens repartidas e com Shakir Smith e Travante Williams em destaque, o Sporting acabou por ser melhor no derradeiro minuto, vencendo por 79-75 e conquistando pela primeira vez na sua história três Taças de Portugal consecutivas, oito no total.

Com Tanner Omlid a juntar-se a Micah Downs entre as baixas do Sporting depois de ter estado presente no jogo com o FC Porto, os leões começaram o encontro com ligeiras vantagens até dois triplos dos encarnados que mudaram por breves minutos a tendência de jogo (18-14) antes de um triplo de Miguel Maria que fez o 24-23 no final do primeiro período. Esse momento acabou por impulsionar o conjunto verde e branco para o seu melhor momento da partida, que chegou a permitir vantagens de nove (37-28) e 11 pontos (42-31), o Benfica conseguiu de novo encostar mas Shakir Smith, com dois grandes lançamentos, não só acabou como melhor marcador da partida ao intervalo como colocou o resultado em 49-42 no descanso.

A segunda parte começou com as mesmas características mas a entrada em campo de José Barbosa veio reforçar a alma dos encarnados, que voltaram de novo para a liderança do marcador antes de nova entrada a todo o gás de Shakir Smith que empatou o dérbi no final do terceiro período (65-65). Estava tudo em aberto para os dez minutos finais, que começaram com o Benfica melhor fruto da melhoria defensiva que conseguiu, que tiveram um Sporting com Travante e Shakir a encostar de novo no rival e que foram mesmo discutidos até final, com os leões a serem mais fortes e a ficarem com a vitória por 79-75.