“Se eu morrer em circunstâncias misteriosas, foi bom conhecer-vos.” A frase foi escrita por Elon Musk no Twitter, pouco depois de também ele ter publicado um texto que diz ter sido escrito por Dmitry Rogozin, chefe da agência espacial da Rússia, e no qual Musk é acusado de estar “envolvido no fornecimento de equipamentos de comunicação militar às forças fascistas na Ucrânia”.

No texto, o responsável russo garantia que Elon Musk iria ser “responsabilizado como um adulto” por estar na defesa da Ucrânia e, consequentemente, contra o regime russo, o que levou à resposta e ao alerta do dono da Tesla, seis minutos depois, com a partilha das ameaças de Dmitry Rogozin, primeiro em russo e depois em inglês.

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De acordo com o Independent, Musk terá mesmo respondido na publicação do russo: “Farei o meu melhor para me manter vivo”, sugerindo que poderá vir a ser assassinado devido ao seu posicionamento ao lado da Ucrânia.

Elon Musk desafia Putin para combate um contra um: “Apostamos a Ucrânia”

O empresário Elon Musk, fundador da SpaceX e presidente executivo da Tesla, não fez questão de se manter longe das questões da guerra e chegou mesmo a desafiar o Presidente russo Vladimir Putin para um combate a dois. Através das redes sociais, Musk escreveu: “Venho por este meio desafiar Vladimir Putin para um combate um contra um. Em jogo, a Ucrânia“. Num tweet posterior, em que identificou a conta oficial do Kremlin, insistiu, recorrendo a uma pergunta: “Aceitam esta luta?”

Satélites da Starlink de Elon Musk permitem às famílias ucranianas manter o contacto

Ainda sobre a guerra, há uma empresa de Elon Musk que tem ajudado os ucranianos. Os satélites da empresa Starlink são muitas vezes a única fonte de ligação à internet existente nas localidades da Ucrânia. O país recebeu já milhares destes pequenos satélites, vindos de vários parceiros ocidentais, que se têm mostrado “bastante eficientes”, segundo afirmou ao The Washington Post o ministro da Transição Digital da Ucrânia, Mykhailo Fedorov.

Com o início da invasão, e utilizando o Twitter, Fedorov pediu a Elon Musk para ajudar o país, tendo o norte-americano respondido horas mais tarde: “O serviço Starlink já está ativo na Ucrânia. Mais terminais estão a caminho.” A ajuda foi confirmada e Anton Melnyk, porta-voz do ministério da Transição Digital, agradeceu a Musk o gesto, numa publicação na sua conta de Twitter.

A invasão da Ucrânia pelas tropas russas tem sido feita com recurso a táticas que incluem o bombardeamento de cidades, o uso de contrainformação e o ataque a alvos específicos para a logística da sociedade ucraniana. Muitas vezes sem combustível, sem equipamento médico, água ou comida, os ucranianos, que têm partilhado os acontecimentos do seu país nas redes sociais, têm lidado igualmente com problemas de acesso à internet.

Para enfrentar este desafio específico, estes satélites têm sido a salvação de muitos cidadãos da Ucrânia numa guerra que, pela primeira vez, assume também uma faceta digital em larga escala.