Mais uma etapa para rolar, mais uma etapa com o filme do costume de fugitivos a andarem largos minutos na frente com grandes distâncias até serem neutralizados pelo pelotão, mais uma etapa sem mudanças de relevo na classificação, mais uma etapa com Juanpe López a acabar o dia na liderança da geral com possibilidade de se dar a conhecer perante essa camisola rosa fruto da grande subida ao Etna com o alemão Lennard Kämna que lhe permitiu ascender 46 lugares em relação ao lugar que trazia dos dias na Hungria.
“Está a ser tudo espectacular. Sem dúvida que estou a viver os melhores dias da minha vida. Olho para a classificação e ainda não acredito, parece irreal. Só a pouco e pouco é que vou começando a assimilar essa liderança. Etna? Foi um momento de emoção, para aproveitar a sério. Comecei a acreditar que era possível chegar ao primeiro lugar no último ponto. Pensei sempre na vitória na etapa mas saiu assim e foi melhor. Cheguei, disseram-me, não acreditei e estive um bom bocado a chorar, caíram-me muitas lágrimas”, disse o espanhol numa entrevista ao jornal Marca, explicando também o caminho até aqui.
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“Em minha casa nunca faltou nada mas também não sobrava. Queria trabalhar para ter dinheiro para os meus gastos, tinha vergonha de pedir dinheiro aos meus pais. Ou melhor, não era exatamente vergonha, não gostava porque sabia que o dinheiro era necessário para outras coisas. Por isso, por exemplo, comecei a trabalhar numa pizzaria da vila para ter dinheiro para ir às festa da vila. Somos uma família humilde mas tenho muito orgulho, nunca nos faltou nada. Estive também numa empresa de um amigo, trabalhei vários dias a fazer argamassa. Queria ser ciclista mas precisava de dinheiro para os meus gastos. Trabalhei a fazer pizzas e argamassa e hoje lidero o Giro. Esta camisola acaba por mostrar que, mesmo que sejas humilde, se trabalhar podes alcançar os teus objetivos e treinei muito para chegar aqui”, acrescentou.
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Mais um dia de Giro, mais um dia na liderança para o espanhol. E esta seria uma etapa sem mexidas na frente, ao contrário do que aconteceu entre Catania e Messina em que João Almeida se conseguiu meter no meio da luta pelas bonificações e subiu um lugar na classificação geral, passando Pello Bilbao em sétimo com os dois segundos ganhos a 37 quilómetros da meta. Agora, entre Palmi e Scalea, tudo voltou a ser decidido ao sprint mas sem mexidas na frente. E confirma-se, embora esta fosse uma etapa para rolar, com os principais corredores mantêm a postura muito conservadora nesta primeira semana de prova.
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It's been a rather calm day so far. The sole leader is more than three minutes ahead of the bunch, including our riders ????
???? 60 km
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Nos próximos dias, para já nos próximos três dias, o espaço para surpresas aumenta. E muito. Porque já esta sexta-feira, ente Diamante e Potenza, um ataque feito na altura certa pode mexer com a classificação. Porque no sábado, em Nápoles, também há algum potencial para cortes nos primeiros (mesmo que menor). Porque no domingo, entre Isernia e Blockhaus, há montanha “a sério” que vai fazer uma filtragem inicial antes do dia de descanso em Pescara. E os principais favoritos estão todos muito próximos, entre Carapaz, Simon Yates, João Almeida, Kelderman, Romain Bardet, Mikel Landa, Jai Hindley ou Valverde. Agora, a chegada ao sprint confirmou-se e com nova vitória de Arnaud Démare pouco mais de cinco horas depois, num cruzar de meta que teve de ir ao photo finish para decidir triunfo com Caleb Ewan.
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Démare, Ewan, Cavendish, Girmay e Nizzolo terminaram a etapa no top 5, com João Almeida a ser o 27.º do dia a cortar a meta com o mesmo tempo do francês a par de todos os primeiros classificados. Com isso, o português manteve a sétima posição da geral a 1.58 minutos do ainda líder Juanpe López.
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