A Suzuki está em negociações com a Dorna, organizadora do Mundial de MotoGP, para abandonar a categoria rainha do motociclismo de velocidade no fim do campeonato de 2022, confirmou a marca japonesa, esta quinta-feira.

Infelizmente, a situação económica e a necessidade de ter de concentrar esforços devido às grandes mudanças com que a nossa indústria foi confrontada nos últimos anos obrigam a Suzuki a transferir custos e recursos humanos para o desenvolvimento de novas tecnologias”, justificou a Suzuki, em comunicado.

A saída da Suzuki do Mundial de MotoGP, no qual compete o piloto português Miguel Oliveira (KTM), tinha sido noticiada em 2 de maio pelo site especializado em desporto automóvel Motorsport.com, segundo o qual dirigentes da marca japonesa tinham comunicado essa decisão aos membros da equipa.

Os organizadores do Campeonato do Mundo contactaram os responsáveis da Suzuki, para os advertir que o contrato assinado entre ambos se prolonga até 2026 e não permite a rescisão unilateral por parte do fabricante nipónico.

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Organização avisa Suzuki que não pode abandonar MotoGP de forma “unilateral”

Apesar de ter alertado a Suzuki para as repercussões de uma possível quebra de contrato, a Dorna indicou que já tem candidatos interessados em ocupar o lugar da equipa com sede em Cambiago (Itália) no Mundial de 2023.

Escuderia histórica no motociclismo de velocidade, do qual já esteve ausente entre 2011 e 2015, a Suzuki conquistou o título mundial de pilotos em 2020, por intermédio do espanhol Joan Mir, que continua a integrar a equipa, em conjunto com o compatriota Alex Rins.

À partida para o Grande Prémio de França, sétima das 21 provas do campeonato de 2022, Rins e Mir ocupam, respetivamente, o quarto e o sexto lugar no Mundial de pilotos, que é liderado pelo francês Fabio Quartararo (Yamaha).