A receção do FC Porto ao Estoril teria sempre uma simbologia especial além da comemoração do título que foi ganho na última semana na Luz frente: à semelhança do que acontecia com os rivais Sporting e Benfica, que marcaram presença em todas as edições do Campeonato sem nunca terem descido de divisão, os azuis e brancos iriam cumprir o jogo 2.500 na prova. E o triunfo frente ao Estoril acabou por confirmar mais duas marcas enraizadas no tempo: os dragões são a única equipa com mais de 1.000 vitórias em jogos do Campeonato disputados em casa (agora 1.013) e a que tem maior percentagens de triunfos em casa (81%). No entanto, esses seriam apenas dois dos registos numa noite de consagração e recordes.

Numa época que já tinha sido marcada pela obtenção da maior série de sempre de jogos consecutivos sem derrotas no Campeonato (58), superando não só a melhor marca do clube e a nível nacional (Benfica) mas também nas seis principais ligas europeias (AC Milan), o FC Porto conseguiu também superar a maior pontuação de sempre na Primeira Liga, chegando aos 91 pontos com o triunfo diante do Estoril.

Mas os feitos não ficaram por aí: o 2-0 diante dos canarinhos não só confirmou a melhor defesa da Liga para os azuis e brancos como selou com chave de ouro o melhor ataque da competição, na época mais concretizadora dos últimos 23 anos e a segunda com mais golos de sempre no Campeonato, apenas superado pela temporada de 1987/88 quando os azuis e brancos chegaram aos 88 golos (agora foram 86).

Houve ainda mais um registo alcançado nesta 34.ª e última jornada da Primeira Liga: com a vitória frente ao Estoril, carimbada na segunda parte com um autogolo de Joãozinho e um golo a fechar de Fernando Andrade, o FC Porto igualou também o número máximo de vitórias numa época a 34 rondas (29).

De referir ainda que o avançado foi um dos quatro jogadores que fizeram os primeiros minutos nesta Primeira Liga, a par de Cláudio Ramos (titular), Rúben Semedo e Meixedo. No total, o FC Porto utilizou 33 jogadores, sendo que três saíram no mercado de janeiro (Luis Díaz, Sérgio Oliveira e Corona).

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