As alterações no calendário das seleções devido à pandemia e o facto de haver o primeiro Campeonato do Mundo disputado fora do habitual período de verão (novembro e dezembro) fizeram com que os habituais jogos de preparação para o Mundial fossem “trocados” por encontros oficiais neste caso a contar para a Liga das Nações, que terá as primeiras quatro jornadas até meio de junho. Por isso, as escolhas feitas por Fernando Santos não trouxeram grandes mexidas em relação à estrutura habitual da Seleção Nacional.

Liga das Nações: Portugal no grupo com Espanha, República Checa e Suíça

O central David Carmo e o avançado Ricardo Horta, ambos do Sp. Braga, foram as grandes novidades da lista apresentada por Fernando Santos, que promove também os regressos de Domingos Duarte, Rúben Neves e João Palhinha aos eleitos. Gonçalo Inácio, José Fonte, Tiago Djaló e João Félix (que falhou os últimos encontros do Atl. Madrid por lesão) saíram em relação à última convocatória, com esse ponto curioso de Danilo Pereira ter sido agora apresentado como defesa e não como médio.

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  • Guarda-redes: Rui Patrício (Roma), Diogo Costa (FC Porto) e José Sá (Wolverhampton);
  • Defesas: Diogo Dalot (Manchester United), João Cancelo (Manchester City), Danilo Pereira (PSG), David Carmo (Sp. Braga), Domingos Duarte (Granada), Pepe (FC Porto), Nuno Mendes (PSG) e Raphael Guerreiro (B. Dortmund);
  • Médios: João Moutinho (Wolverhampton), João Palhinha (Sporting), Rúben Neves (Wolverhampton), Bernardo Silva (Manchester City), Bruno Fernandes (Manchester United), Matheus Nunes (Sporting), Vitinha (FC Porto) e William Carvalho (Betis);
  • Avançados: Otávio (FC Porto), Gonçalo Guedes (Valencia), Rafael Leão (AC Milan), Ricardo Horta (Sp. Braga), Ronaldo (Manchester United), André Silva (RB Leipzig) e Diogo Jota (Liverpool).

De recordar que Portugal, que está no grupo 2 da Liga A da Liga das Nações, começa por defrontar a Espanha em Sevilha (dia 2 de junho, 19h45), recebe depois a Suíça e a Rep. Checa em Alvalade (dias 5 e 9, 19h45) e desloca-se depois a Genebra para jogar com a Suíça (dia 12, 19h45). As últimas duas partidas vão realizar-se apenas em setembro, com a deslocação à Rep. Checa (dia 24) e a receção à Espanha (dia 27).

A matemática de um sonho que Fernando Santos quer ir buscar: 22 anos, seis Europeus, seis Mundiais

“Vamos ver o que podem dar. Na última janela tivemos Djaló e Inácio, dei-lhes os parabéns pelo que fizeram. Agora decidi o Domingos Duarte e o Carmo para os ter aqui, o contacto é sempre importante. Entendemos que era o momento oportuno para fazer isso. Gostei muito do que fizeram aqui, não tem a ver com qualidade. E é importante nesta fase procurar avaliar. Ao vivo na televisão, é sempre melhor ter contacto com o que faz no treino, a relação, e a forma como jogamos. Horta? Como sempre disse aqui fez parte do lote que estavam a ser observados. A Seleção é um espaço aberto, há sempre um lote de 50, 60 em observação. Aconteceu agora com a mesma naturalidade de outros que chegaram aqui. É uma oportunidade. Vai obrigar a uma rotação clara nestes quatro jogos em dez dias. É uma prova importante, já vencemos e vai obrigar a gestão, daí o lote ser mais alargado”, explicou Fernando Santos em conferência.

“Se é inevitável olhar já para o Mundial? “É importante ver em contexto de treino e jogo. Só temos quatro jogos e mais dois em setembro, o que vai ser muito importante. Vai haver muitas mudanças até começarmos a preparar realmente o Mundial. Os jogadores vão mudar. Há os que não estão aqui e estiveram na última mas sem condições físicas para estar aqui, como o Rúben Dias e João Félix. Temos de pensar no futuro e no Campeonato do Mundo mas não tanto no contexto de jogadores, mais cimentar o que fizemos no playoff. A forma de jogar, o cimentar de ideias, o procurar corrigir o que não esteve tão bem, o cimentar a ideia clara daquilo que queremos para projeção do que iremos fazer no Mundial”, acrescentou.